Marina se reúne com FHC em São Paulo
O encontro ocorreu pela manhã, no apartamento do tucano, horas antes de o PSB, partido ao qual Marina está filiada, anunciar a adesão a Aécio
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2014 às 07h53.
São Paulo - A candidata derrotada na disputa presidencial Marina Silva (PSB) esteve nesta quarta-feira, 8, em São Paulo com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à véspera da data marcada para o anúncio de seu apoio à candidatura do tucano Aécio Neves no 2.º turno da eleição.
O encontro ocorreu pela manhã, no apartamento do tucano, horas antes de o PSB, partido ao qual Marina está filiada, anunciar a adesão a Aécio.
A expectativa é de que a ex-ministra, que ficou em terceiro na disputa, faça o mesmo hoje.
Mas o anúncio poderá ser adiado, já que ela decidiu que não irá a Brasília participar da reunião da coligação dos partidos que a apoiou na campanha.
Ontem, porém, Marina recebeu o aval da Rede Sustentabilidade - partido que a ex-ministra tentou criar no ano passado, mas teve o registro negado pela Justiça Eleitoral - para apoiar Aécio.
De acordo com o porta-voz da Rede, Walter Feldman, o grupo decidiu que não há como apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e que é importante que haja alternância de poder.
"A síntese do que decidimos é que a mudança significa hoje o voto em Aécio, nulo ou branco. Essas seriam as três posições que a Rede considera adequadas", disse.
Orientação
Feldman reforçou que a Rede quer destacar pontos programáticos para orientarem o posicionamento dos eleitores nesta segunda fase da campanha.
Citou como exemplos, além da reforma política e do desenvolvimento sustentável, a reforma agrária e a demarcação das terras indígenas.
O grupo vinha demonstrando resistência a endossar o nome do tucano, mas cedeu aos apelos da ex-ministra.
A colunista do Estado Sonia Racy revelou que 75% dos "sonháticos" defendiam um posicionamento da ex-candidata contra a reeleição de Dilma, mas não, explicitamente, a favor de Aécio.
Segundo Feldman, muitos integrantes da Rede se mostraram desconfortáveis com a opção de apoiar Aécio e, por isso, optou-se por indicar também a opção de anular o voto.
"Nós admitimos a existência daqueles que não querem votar na polarização", disse Feldman.
A ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon, que concorreu ao Senado na Bahia pelo PSB e é integrante da Rede, explicou que o grupo não vai assumir o programa do candidato tucano e que há muitos integrantes da Rede que não farão campanha a Aécio.
Eliana, porém, fez questão de destacar que tem um posicionamento pessoal mais "pragmático". "Se ele for a Bahia, eu subo no palanque", afirmou.
Apesar de Marina ainda não ter declarado publicamente o apoio a Aécio, Feldman disse ontem à tarde que a candidata derrotada deve ter uma participação ativa no 2.º turno.
"Ela vai acompanhar ativamente, mas não terá o dinamismo e a profundidade que tem uma candidata." Feldman, contudo, afirmou que é a própria Marina quem vai detalhar como será essa participação.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - A candidata derrotada na disputa presidencial Marina Silva (PSB) esteve nesta quarta-feira, 8, em São Paulo com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à véspera da data marcada para o anúncio de seu apoio à candidatura do tucano Aécio Neves no 2.º turno da eleição.
O encontro ocorreu pela manhã, no apartamento do tucano, horas antes de o PSB, partido ao qual Marina está filiada, anunciar a adesão a Aécio.
A expectativa é de que a ex-ministra, que ficou em terceiro na disputa, faça o mesmo hoje.
Mas o anúncio poderá ser adiado, já que ela decidiu que não irá a Brasília participar da reunião da coligação dos partidos que a apoiou na campanha.
Ontem, porém, Marina recebeu o aval da Rede Sustentabilidade - partido que a ex-ministra tentou criar no ano passado, mas teve o registro negado pela Justiça Eleitoral - para apoiar Aécio.
De acordo com o porta-voz da Rede, Walter Feldman, o grupo decidiu que não há como apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e que é importante que haja alternância de poder.
"A síntese do que decidimos é que a mudança significa hoje o voto em Aécio, nulo ou branco. Essas seriam as três posições que a Rede considera adequadas", disse.
Orientação
Feldman reforçou que a Rede quer destacar pontos programáticos para orientarem o posicionamento dos eleitores nesta segunda fase da campanha.
Citou como exemplos, além da reforma política e do desenvolvimento sustentável, a reforma agrária e a demarcação das terras indígenas.
O grupo vinha demonstrando resistência a endossar o nome do tucano, mas cedeu aos apelos da ex-ministra.
A colunista do Estado Sonia Racy revelou que 75% dos "sonháticos" defendiam um posicionamento da ex-candidata contra a reeleição de Dilma, mas não, explicitamente, a favor de Aécio.
Segundo Feldman, muitos integrantes da Rede se mostraram desconfortáveis com a opção de apoiar Aécio e, por isso, optou-se por indicar também a opção de anular o voto.
"Nós admitimos a existência daqueles que não querem votar na polarização", disse Feldman.
A ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon, que concorreu ao Senado na Bahia pelo PSB e é integrante da Rede, explicou que o grupo não vai assumir o programa do candidato tucano e que há muitos integrantes da Rede que não farão campanha a Aécio.
Eliana, porém, fez questão de destacar que tem um posicionamento pessoal mais "pragmático". "Se ele for a Bahia, eu subo no palanque", afirmou.
Apesar de Marina ainda não ter declarado publicamente o apoio a Aécio, Feldman disse ontem à tarde que a candidata derrotada deve ter uma participação ativa no 2.º turno.
"Ela vai acompanhar ativamente, mas não terá o dinamismo e a profundidade que tem uma candidata." Feldman, contudo, afirmou que é a própria Marina quem vai detalhar como será essa participação.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.