Candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, discursa durante uma visita à Fundação Unibes, em São Paulo (Bruno Santos/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2014 às 20h41.
A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, disse nesta terça-feira ser vítima de um ataque de "muitas pedras" de "mentiras e boatos" dos seus adversários, e rebateu as críticas de que sua proposta de dar autonomia legal ao Banco Central representaria mais poder aos bancos.
"(Isso) faz parte de mais uma onda de calúnias a boatos que estão sendo feitas pelos nossos adversários pelo medo e desespero", afirmou Marina a jornalistas em Belo Horizonte, após um comício.
Marina disse que ela e seu candidato a vice-presidente, Beto Albuquerque, não irão apelar para "agressões pessoais".
"Eles (os adversários) que estão atirando as muitas e muitas pedras, são eles que marcham num exército de Golias contra Davi", disse. "Minha atitude é de oferecer a outra face. Para a face da mentira, a verdade, para a face do medo, a coragem."
Para rebater as críticas de que sua proposta de autonomia do BC tem relação com maior poder aos bancos, Marina disse que no governo Fernando Henrique Cardoso os bancos lucraram e que na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva os lucros aumentaram muito mais.
"O próprio presidente Lula é que vai falar, porque foi ele quem disse que não tem nenhum lugar do mundo em que o (banco) Santander esteja ganhando mais que no Brasil", argumentou Marina numa resposta contra o ex-presidente, a quem tinha poupado das críticas diretas até então. "Ele mesmo é que está sendo pego pelas suas próprias palavras."
Segundo a candidata, o compromisso do seu eventual governo será com a recuperação da credibilidade do país, "para que ele possa ter investimentos e volte a crescer", disse.
"Porque é no governo do PT que os juros sobem, o crescimento cai e a inflação atormenta novamente os trabalhadores", disse.
"Tenho certeza que a sociedade brasileira não vai querer eleger um presidente que tenha ganho uma eleição com base na mentira, na calúnia e no boato", acrescentou.
PETROBRAS
Marina também voltou a criticar Dilma pela má gestão na Petrobras e por ter entregue a estatal a "desmandos políticos".
"A Petrobras está sendo destruída, porque o partido do atual governo entregou nesses 12 anos a Petrobras ao desmando da incompetência, da corrupção, da falência de uma empresa", atacou Marina.
Ela e Dilma tem travada um duelo sobre a estatal e a exploração de petróleo na camada do pré-sal nos programas de TV nos últimos dias.
A petista tem dito que Marina vai interromper a exploração na camada pré-sal e, com isso, retirar recursos da educação e da saúde. Marina tem dito que não vai parar com essa exploração e acusado a presidente de caluniá-la.