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Marina diz que ataques conseguem união entre PT e PSDB

Candidata do PSB voltou a reclamar da "cruzada de preconceitos e boatos" espalhados pelas campanhas de seus adversários

Candidata do PSB, Marina Silva, acena durante um ato político em São Bernardo do Campo (Paulo Whitaker/Reuters)

Candidata do PSB, Marina Silva, acena durante um ato político em São Bernardo do Campo (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2014 às 17h13.

São Bernardo do Campo - A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, voltou a reclamar do que rotulou de "cruzada de preconceitos e boatos" espalhados pelas campanhas de seus adversários e disse que seu desempenho eleitoral levou a algo inédito na história do país: a união entre PT e PSDB.

"Nós estamos fazendo campanha com base em propostas, os nossos adversários é que têm que explicar por que por 20 anos se combateram a ferro e fogo e agora estão unidos, PT e PSDB, numa mesma artilharia para destruir quem tem programa, para destruir quem trata eles com respeito", disparou Marina em entrevista a jornalistas, em São Bernardo do Campo.

"É muito interessante isso que está acontecendo, pela primeira vez na história do país, PT e PSDB estão juntos numa mesma cruzada de preconceitos, boatos e difamações para conter o avanço da sociedade que quer transformação", acrescentou.

Desde que chegou ao patamar dos 30 por cento das intenções de voto para o primeiro turno e que apareceu vencendo simulações de segundo turno, Marina tem sido alvo constante de ataques das campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, e de Aécio Neves (PSDB).

Do lado petista, foram lançadas propagandas mostrando supostos riscos para o emprego e os salários se for adotada a independência formal do Banco Central, como prevê o programa de Marina.

Também foram feitos questionamentos de seu comprometimento com a exploração do petróleo do pré-sal e a possível perda desses recursos para a educação.

Já a campanha de Aécio tenta colar em Marina a imagem de que ela é uma espécie de segunda candidata do PT e é cheia de contradições, lembrando suas posições quando estava no partido e as que defende agora, de modo a se aproveitar do sentimento antipetista de parte do eleitorado.

Além disso, o tucano tem se apresentado como o único capaz de fazer as mudanças desejadas com segurança.

"Eu gostaria que eles tivessem um programa, para que a sociedade brasileira pudesse fazer a escolha entre as três principais candidaturas não com base em boatos, fofocas e mentiras ou preconceitos", disse Marina a jornalistas antes de participar de comício na região central de São Bernardo do Campo.

Perguntada sobre a divulgação da última pesquisa Datafolha, que registrou um aumento da rejeição à sua candidatura de 18 para 22 por cento, Marina se disse tranquila, e declarou que continuará fazendo uma "campanha limpa".

"Não queremos entrar no jogo de que vale tudo para ganhar uma eleição", disse.

A candidata também aproveitou para rebater críticas feitas por Aécio de que ela não teria experiência suficiente para governar o país.

Marina lembrou que esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente, uma experiência considerada administrativa e executiva, segundo ela, mas sem valor para quem não valoriza meio ambiente.

Marina também voltou a negar a possibilidade de alterar leis trabalhistas.

"Isso é uma mentira que foi dita e está sendo dita e vocalizada o tempo todo. Em nenhum momento a nossa aliança falou em revisar a CLT, essa é mais uma mentira semelhante a aquelas que foram ditas em relação ao pré-sal", disse.

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