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Marina diz que aliados de Dilma contradizem trajetória

Segundo Marina, algumas companhias da presidente Dilma Rousseff, como José Sarney, Fernando Collor e Renan Calheiros, contradizem a trajetória da petista

Marina Silva: "mentira é se comprometer e não cumprir o que se comprometeu" (Nacho Doce/Reuters)

Marina Silva: "mentira é se comprometer e não cumprir o que se comprometeu" (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 14h17.

São Paulo - A presidenciável do PSB, Marina Silva, disse nesta quarta-feira que algumas companhias da presidente Dilma Rousseff, como José Sarney, Fernando Collor e Renan Calheiros, contradizem a trajetória da petista e que a presidente deveria se preocupar em honrá-la.

Em visita à comunidade de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, Marina também contra-atacou declarações da presidente, que disse que a candidata do PSB mentiu ao afirmar que votou como senadora pela aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

"As companhias que a presidente tem, do Collor, do Sarney, do Maluf, do Renan Calheiros, do Jader Barbalho e tantos outros com certeza, essa sim, é a verdadeira contradição, a contradição mais profunda na trajetória das pessoas que deviam estar honrando a sua trajetória", disparou Marina.

A ex-senadora respondia a uma propaganda da campanha de Dilma que afirma que Marina se alia à "velha política" e a nomes que tiveram relação com a ditadura como os ex-senadores Jorge Bornhausen e Heráclito Fortes.

Marina subiu no palanque do candidato ao Senado pelo PSB de Santa Catarina, Paulo Bornhausen, filho de Jorge Bornhausen, e é apoiado por Heráclito, que é candidato a deputado federal pelo Piauí pelo PSB.

Alguns dos nomes citados por Marina como "companhias" de Dilma, como o senador José Sarney (PMDB-AP) e o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), também fora da Arena, partido de sustentação ao regime militar, assim como Bornhausen e Heráclito.

Marina também voltou a afirmar que Dilma mente, depois de a presidente ter dito o mesmo da adversária e declarado que a mentira é uma falha de caráter.

"Mentira é se comprometer e não cumprir o que se comprometeu", disse a candidata do PSB, ao mencionar a promessa de campanha de Dilma em 2010 de construir 6 mil creches.

Ela também recorreu à própria biografia para afirmar em discurso aos moradores que sabe o que é ser analfabeta e sabe como é viver em uma comunidade.

"Tudo que eu digo não é apenas um discurso é um compromisso de vida", afirmou. "Quem faz a mudança é o povo brasileiro, que tem que escolher entre o Brasil de fantasia da propaganda e o Brasil real, que apresenta muitas demandas na saúde, educação, segurança", afirmou.

Indagada na entrevista coletiva sobre as pesquisas de intenção de voto, que apontam diminuição da vantagem dela para o candidato do PSDB, Aécio Neves, e um consequente acirramento na disputa pela vaga no segundo turno contra Dilma, que lidera as pesquisas, Marina voltou a manifestar confiança de que estará no segundo turno.

"A sociedade brasileira e eu já estamos no segundo turno", garantiu. "Estamos firmes no nosso propósito de mudar o Brasil."

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