Marina Silva: presidente nacional do PSB indicou que o partido não tem interesse em uma aliança eleitoral com a ex-senadora Marina Silva, pré-candidata à Presidência da República pela Rede (Nacho Doce/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de abril de 2018 às 13h58.
Última atualização em 18 de abril de 2018 às 13h59.
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, indicou nesta quarta-feira, 18, que o partido não tem interesse em uma aliança eleitoral com a ex-senadora Marina Silva, pré-candidata à Presidência da República pela Rede.
O dirigente afirmou que é preciso respeitar a pré-candidatura de Marina da mesma forma como o partido que preside tenta viabilizar a pré-candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa.
"Não sei de onde a imprensa está buscando essa informação, porque Marina é candidata. Ela cuida da candidatura dela, e nós vamos cuidar da nossa.", afirmou Siqueira em entrevista a pequeno grupo de jornalistas após evento de lançamento de manifesto da "frente pela democracia", assinado por legendas de esquerda, entre eles, PC do B, PT, PSB, PSOL e PDT.
"Em política a gente nunca pode dizer nunca nem jamais, mas não sei de onde se tira essa coisa", acrescentou.
O presidente do PSB afirmou que o partido só pretende tratar de coligações no primeiro turno após a oficialização da pré-candidatura de Barbosa.
Como mostrou na terça-feira, 17, o Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), a sigla diz ter convencido o ex-ministro a se lançar até 15 de maio.
O principal argumento foi o de que, a partir dessa data, pré-candidatos poderão começar a arrecadar dinheiro para a campanha por meio de crowdfunding (financiamento coletivo), popularmente chamado de "vaquinha" virtual.
"Por enquanto, não precisamos falar sobre coligação, porque a candidatura ainda não foi firmada.", afirmou. Siqueira evitou até mesmo falar de possível aliança num segundo turno.
"O segundo turno vamos falar dele quando acontecer", afirmou. "Temos que respeitar a candidatura dela. Ela é candidata. Vamos ter o nosso candidato", reforçou o dirigente, que chegou a brigar na campanha de 2014, quando Marina foi candidata a presidente pelo PSB após a morte do então candidato, Eduardo Campos.
Siqueira afirmou que, após a filiação de Joaquim Barbosa, a direção do PSB trabalha para diminuir resistências internas a candidatura presidencial do ex-ministro.
Ele confirmou reunião nesta quinta-feira, 19, entre Barbosa, integrantes da cúpula da legenda, governadores e líderes da sigla no Congresso Nacional. O encontro está marcado para 15 horas na sede do partido em Brasília. "É uma primeira reunião, uma conversa", comentou.
O presidente do PSB disse ainda não ter acertado com Barbosa as propostas na área econômica. Mas fez questão de sinalizar que a posição do partido será levada em conta. "Não acertamos ainda, mas temos nossa visão. Ele deve conhecer, todos conhecem", afirmou. "Não falamos em questão programática ainda. Precisamos falar. É uma das coisas importantes de uma candidatura", emendou o dirigente.