Brasil

Manifestantes vaiam Dilma em evento sobre direitos humanos

Dezenas de manifestantes protestaram e vaiaram a presidente em cerimônia de entrega de prêmio de Direitos Humanos

Dilma Rousseff cumprimenta o deputado Nilmário Miranda Fernandes, vencedor na categoria enfrentamento à tortura durante cerimônia de entrega do Prêmio Direitos Humanos 2013 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma Rousseff cumprimenta o deputado Nilmário Miranda Fernandes, vencedor na categoria enfrentamento à tortura durante cerimônia de entrega do Prêmio Direitos Humanos 2013 (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 17h27.

Brasília - Algumas dezenas de manifestantes protestaram e vaiaram a presidente Dilma Rousseff em cerimônia de entrega de prêmio de Direitos Humanos nesta quinta-feira, enquanto o restante da plateia a aplaudia.

Um grupo de aproximadamente 30 manifestantes gritou palavras de ordem pelo fim da violência policial e pela desmilitarização dessa instituição, enquanto cerca de 10 índios portavam faixas com críticas à política de demarcação de terras do governo.

As vaias tiveram início no momento em que Dilma chegou ao evento, e foram abafadas por palmas do restante da plateia. O protesto prosseguiu durante o discurso da presidente.

"Chega de alegria, a polícia mata pobre todo dia", gritou o grupo durante a fala de Dilma. "Não acabou, tem que acabar. Eu quero o fim da polícia militar." Alguns dos manifestantes esconderam os rostos com lenços, a exemplo dos mascarados que protagonizaram protestos nas principais cidades do país recentemente, na esteira das grandes manifestações ocorridas em junho deste ano por melhorias dos serviços públicos, entre outras demandas.

Apesar do revezamento entre palmas e vaias, a presidente não demonstrou reação ao discursar no evento, que contou com a presença de representantes de diversos setores da sociedade civil organizada.

Dilma discorreu sobre a política de seu governo de combate à violência contra a mulher, de cotas raciais, contra a discriminação por orientação sexual, entre outros, além de ações contra a tortura. A presidente foi presa e torturada durante o regime militar no Brasil.

Dilma defendeu e se disse orgulhosa pela implantação da Comissão Nacional da Verdade, que apura violações de Direitos Humanos ocorridas entre 1946 e 1988.

A presidente afirmou que a violência contra jovens, "em especial negros e pobres", é uma "chaga" da sociedade.

"Nós vamos juntos superar esse cenário de mortalidade da juventude", disse.

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