Mais de 14mil já foram internados por diabetes em SP no ano
Se a média for mantida, até dezembro 21.535 pessoas precisarão de internação
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2013 às 17h31.
São Paulo – Os casos de diabetes já motivaram mais de 14 mil internações em São Paulo neste ano. O levantamento, divulgado hoje (14) pela Secretaria de Estado da Saúde, abrange os meses de janeiro a agosto, e aponta que, em média, a cada 24 minutos um paciente procura socorro em um hospital público da rede estadual.
Ao todo, 14.222 portadores do diabetes foram internados nos oito primeiros meses do ano, o que resulta em uma média de 59 pessoas por dia. Se a média for mantida, até dezembro 21.535 pessoas precisarão de internação. Em 2012, o total foram 22.076 internações ou 61 pacientes dando entrada em hospitais, por dia e, em 2011, foram 23.250 internações, com média de 64 por dia.
De acordo com Daniel Magnoni, nutrólogo da Divisão de Nutrição Clínica do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, há dois tipos de diabetes, classificadas como 1 ou 2. O tipo 1 possui origem genética e seus sintomas dão sinais antes da fase adulta do portador. O tipo 2 já é mais recorrente em idosos, assim como em pessoas obesas, porém pode ser prevenido.
“É fundamental lembrarmos que diabetes do tipo 2 pode, sim, ser prevenida por meio da redução de peso, prática de atividade física e a diminuição do consumo de carboidratos, açúcar, sal e gordura saturada”, explica Magnoni. Segundo o especialista, a falta de cuidados pode agravar a arteriosclerose, os distúrbios metabólicos, as lesões nos rins e até os quadros de acidente vascular cerebral (AVC).
Nos casos dos pacientes diabéticos que também têm câncer, os cuidados precisam ser ainda maiores, porque o nível glicêmico fica descompensado pelos efeitos adversos causados por quimioterápicos e, portanto, necessitam rapidamente de controle para que o tratamento oncológico continue.
O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), desenvolveu um projeto que reduziu em 90% a procura de pacientes diabéticos com câncer ao setor de pronto-atendimento do hospital.
Com o desenvolvimento do projeto, o Icesp analisou seus resultados. Após dois anos e meio da implantação, ao todo foram atendidos 361 pacientes, dos quais 185 mulheres e 176 homens, com idade média de 62 anos.
Do total de pacientes encaminhados pelo controle pré-operatório, nenhum deles precisou ter a cirurgia adiada devido a problemas no nível glicêmico. Outro fator positivo do projeto é que antes da intervenção do grupo, 40 pacientes compareceram ao pronto-socorro e, após, somente quatro, o que indica a diminuição de 90%.
Para a médica Ana Hoff, coordenadora do Serviço de Endocrinologia do Icesp, a importância do programa é o monitoramento que o paciente faz, tornando-se menos dependente das consultas médicas.
“Diabetes é uma das disfunções que mais atinge os pacientes. Por isso, o programa é muito importante, já que um controle rápido jamais seria possível caso o monitoramento e os ajustes nas doses de medicação fossem feitos somente nas consultas de retorno”, explica.
O programa consiste em orientar e monitorar os pacientes, de maneira individualizada. Na primeira etapa do atendimento, uma equipe ensina os pacientes o que é a doença, como monitorá-la e como dosar o medicamento em sua própria casa.
Um enfermeiro referência auxilia os pacientes de forma didática, com ilustrações, demonstrações teóricas e práticas sobre como aplicar a insulina. Semanalmente, os pacientes podem interagir com a equipe médica por email.
São Paulo – Os casos de diabetes já motivaram mais de 14 mil internações em São Paulo neste ano. O levantamento, divulgado hoje (14) pela Secretaria de Estado da Saúde, abrange os meses de janeiro a agosto, e aponta que, em média, a cada 24 minutos um paciente procura socorro em um hospital público da rede estadual.
Ao todo, 14.222 portadores do diabetes foram internados nos oito primeiros meses do ano, o que resulta em uma média de 59 pessoas por dia. Se a média for mantida, até dezembro 21.535 pessoas precisarão de internação. Em 2012, o total foram 22.076 internações ou 61 pacientes dando entrada em hospitais, por dia e, em 2011, foram 23.250 internações, com média de 64 por dia.
De acordo com Daniel Magnoni, nutrólogo da Divisão de Nutrição Clínica do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, há dois tipos de diabetes, classificadas como 1 ou 2. O tipo 1 possui origem genética e seus sintomas dão sinais antes da fase adulta do portador. O tipo 2 já é mais recorrente em idosos, assim como em pessoas obesas, porém pode ser prevenido.
“É fundamental lembrarmos que diabetes do tipo 2 pode, sim, ser prevenida por meio da redução de peso, prática de atividade física e a diminuição do consumo de carboidratos, açúcar, sal e gordura saturada”, explica Magnoni. Segundo o especialista, a falta de cuidados pode agravar a arteriosclerose, os distúrbios metabólicos, as lesões nos rins e até os quadros de acidente vascular cerebral (AVC).
Nos casos dos pacientes diabéticos que também têm câncer, os cuidados precisam ser ainda maiores, porque o nível glicêmico fica descompensado pelos efeitos adversos causados por quimioterápicos e, portanto, necessitam rapidamente de controle para que o tratamento oncológico continue.
O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), desenvolveu um projeto que reduziu em 90% a procura de pacientes diabéticos com câncer ao setor de pronto-atendimento do hospital.
Com o desenvolvimento do projeto, o Icesp analisou seus resultados. Após dois anos e meio da implantação, ao todo foram atendidos 361 pacientes, dos quais 185 mulheres e 176 homens, com idade média de 62 anos.
Do total de pacientes encaminhados pelo controle pré-operatório, nenhum deles precisou ter a cirurgia adiada devido a problemas no nível glicêmico. Outro fator positivo do projeto é que antes da intervenção do grupo, 40 pacientes compareceram ao pronto-socorro e, após, somente quatro, o que indica a diminuição de 90%.
Para a médica Ana Hoff, coordenadora do Serviço de Endocrinologia do Icesp, a importância do programa é o monitoramento que o paciente faz, tornando-se menos dependente das consultas médicas.
“Diabetes é uma das disfunções que mais atinge os pacientes. Por isso, o programa é muito importante, já que um controle rápido jamais seria possível caso o monitoramento e os ajustes nas doses de medicação fossem feitos somente nas consultas de retorno”, explica.
O programa consiste em orientar e monitorar os pacientes, de maneira individualizada. Na primeira etapa do atendimento, uma equipe ensina os pacientes o que é a doença, como monitorá-la e como dosar o medicamento em sua própria casa.
Um enfermeiro referência auxilia os pacientes de forma didática, com ilustrações, demonstrações teóricas e práticas sobre como aplicar a insulina. Semanalmente, os pacientes podem interagir com a equipe médica por email.