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Maioria não vê melhora após manifestações, diz pesquisa

O porcentual de entrevistados que apontou que não houve melhora depois dos protestos é de 54%


	Protesto em Porto Alegre: falta de projetos em áreas prioritárias, como saúde, educação e transporte, é apontada por 42,6% dos entrevistados como maior problema administrativo de Dilma Rousseff
 (REUTERS/Gustavo Vara)

Protesto em Porto Alegre: falta de projetos em áreas prioritárias, como saúde, educação e transporte, é apontada por 42,6% dos entrevistados como maior problema administrativo de Dilma Rousseff (REUTERS/Gustavo Vara)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 15h46.

Brasília - A maioria dos brasileiros acredita que não houve melhoras no país após as manifestações, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com a MDA Pesquisa, divulgada nesta terça-feira, 10.

O porcentual de entrevistados que apontou que não houve melhora depois dos protestos é de 54%. Outros 42,6% acreditam que o Brasil melhorou após os protestos, ao passo que 3,4% não responderam ao questionamento.

Entre os entrevistados, 32,7% acreditam que o governo não atendeu às reivindicações das manifestações e apenas 0,6% apontaram que o governo atendeu todos os pedidos.

A maioria, 63,3%, acredita que o governo atendeu algumas das reivindicações. A pesquisa foi feita em 135 municípios, de 31 de agosto a 4 de setembro.

A falta de projetos em áreas prioritárias, como saúde, educação e transporte, é apontada por 42,6% dos entrevistados como o maior problema administrativo da presidente Dilma Rousseff.

Em segundo lugar, aparece a falta de diálogo com a população, com 14,5%. O excesso de burocracia nos órgão do governo ficou em terceiro, com 10,2%, seguido da dificuldade em fazer investimentos, com 6,6%. A criação de 39 ministérios aparece com 6,3% e a falta de obras, com 5,7%. 4,8% apontaram outro problema e 9,2% não sabem ou não responderam.

Como maior virtude do governo Dilma Rousseff, a resposta mais frequente foi a ampliação de benefícios aos mais carentes, com 48,4%. Em segundo, o combate à corrupção, com 17,3%. Também aparecem o crescimento econômico, com 6,6%, o aumento de investimentos, com 5,3%. Responderam outra coisa 2,5% dos entrevistados e 19,8% não sabem ou não responderam.


Inflação

Questionados sobre a inflação, 75,9% dos brasileiros acreditam que a alta de preços não está controlada, contra 15% que acha que a inflação está sob controle. Outros 9,1% não souberam ou não responderam. Da mesma forma, a maioria da população tem preocupações com a economia do país.

Segundo a pesquisa, 40,2% dos entrevistados estão preocupados com o quadro econômico, enquanto 12,6% estão muito preocupados. Já 16,5% estão pouco preocupados, 12,7% estão indiferentes e ainda outros 12,7% estão empolgados ou esperançosos. Para 40,5% dos entrevistados, a economia estava crescendo, mas agora está estagnada. Para 23,7% a economia está crescendo, para 14,6% não está crescendo e ainda para 9,9% o Brasil está em recessão.

Apagão

A maioria dos brasileiros, 63,7%, acredita que o Brasil pode ter "eventualmente" problemas com apagão de energia elétrica e 16,9% disseram que pode ter "frequentemente". Outros 15% disseram que o país não terá problemas com apagão de energia elétrica.

O porcentual de pessoas que não responderam ou não sabem foi de 4,4%. Também é maioria quem acredita que o Brasil não está bem preparado para evitar apagões: 68,7%. Outros 24,5% disseram que o país está preparado.

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