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Maioria dos ministros de Dilma são anônimos, diz Marina

A candidata a vice-presidente criticou especialmente o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, apadrinhado político do ex-presidente José Sarney


	Marina Silva: ex-senadora diz que ela e Eduardo Campos pretendem "governar com os melhores"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Marina Silva: ex-senadora diz que ela e Eduardo Campos pretendem "governar com os melhores" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 16h00.

Brasília - Candidata a vice-presidente na chapa de Eduardo Campos (PSB), a ex-senadora Marina Silva teve uma participação discreta na sabatina promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Na saída do evento, ela retomou as críticas de Campos sobre a quantidade de ministérios no governo Dilma Rousseff, afirmando que o presidencialismo de coalização rendeu ao país 39 "ministros anônimos".

"Os ministros do primeiro governo do presidente Lula não eram anônimos. Eram pessoas que tinham uma agenda, que foram lá comprometidos com essa agenda", afirmou, sem mencionar que ela, Marina, foi ministra de Meio Ambiente na gestão Lula.

A ex-senadora afirmou que ela e Campos pretendem "governar com os melhores".

"Quem são os ministros (de Dilma)? Se você perguntar, a maioria é anônima. É preciso que se tenha um governo em que a composição é pela qualidade. É isso que Eduardo está dizendo e é isso que vamos fazer", disse.

Marina criticou especialmente o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), apadrinhado político do ex-presidente José Sarney (PMDB).

"A ministra de Minas e Energia (de Lula) era a presidente Dilma. Hoje temos um ministro que não entende nada de energia", afirmou.

PSB e Rede

Marina não acompanhou Campos a Santa Catarina, após a sabatina, para onde o presidenciável socialista foi para participar de ato de campanha ao lado de Paulo Bornhausen (PSB), candidato ao Senado.

A indicação de Bornhausen não recebeu apoio da Rede Sustentabilidade, partido que Marina tenta criar.

Segundo Marina, Rede e PSB estão alinhados em 14 estados e, onde não houve acordo, a Rede mantém neutralidade.

De acordo com ela, o "pólen estabilizador" da aliança com Campos seria o direito de não ficar presa a nomes que não agradem a Rede.

"Desde o início dissemos que iríamos trabalhar para ter o máximo de candidaturas possíveis nos estados", contou.

"Conseguimos em 14 estados, incluindo Minas Gerais. Onde isso não fosse possível, teríamos posição independente. Em São Paulo, temos uma posição independente. Houve uma decisão do PSB de apoiar o candidato do PSDB e a Rede mantém a sua posição apoiando para presidente Eduardo Campos. É assim em Santa Catarina, Paraná, Pará", disse.

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