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Escolha de relator de denúncia acende luz amarela na CCJ

Além de não ser o nome favorito do governo para essa posição, Zveiter é um aceno para o grupo político que deverá assumir caso Temer caia

Sergio Zveiter: o deputado é bastante ligado ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (foto/Agência Câmara)
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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2017 às 06h56.

Última atualização em 5 de julho de 2017 às 08h56.

A escolha do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) como o relator da denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara fez acender a luz amarela no Palácio do Planalto.

Além de não ser o nome favorito do governo para essa posição, Zveiter é um aceno para o grupo político que deverá assumir caso Temer caia, como informa o jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira.

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Apesar de ser do PMDB, Zveiter é bastante ligado ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que permanece com um pé em cada barco: ao mesmo tempo que não trabalha para derrubar o presidente, também não não se esforça para convencer deputados a defendê-lo.

Zveiter foi ex-secretário estadual no segundo mandato de Sérgio Cabral (2011-14), de quem era afiliado politicamente. Sergio Cabral, é bom lembrar, está preso no complexo penitenciário de Gericinó por ter movimentado mais de 250 milhões de reais em propinas.

Os favoritos do governo eram os nomes de Jones Martins e Alceu Moreira, deputados do PMDB do Rio Grande do Sul. Com eles, o governo esperava que a tramitação seria rápida e o relatório, favorável. Com Zveiter nessa posição, tudo pode acontecer. O relator analisará a denúncia de corrupção passiva enviada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente. Zveiter produzirá um parecer, que pode ser favorável ou contrário ao prosseguimento do processo.

Desse modo, não chega a surpreender o levamento feito pelo o jornal O Globo com os deputados que integram a comissão: 17 votarão pela aceitação, 5 pela rejeição. Mas 10 se dizem indecisos e outros 34 preferiram não responder. Todos estão esperando para ver qual será o clima do governo e se ele continurá a sangrar. O relatório de Zveiter será, portanto, decisivo.

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