Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 12 de dezembro de 2024 às 07h00.
Última atualização em 12 de dezembro de 2024 às 07h36.
A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 12, revela que, se as eleições fossem hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria o favorito na eleição de 2026, vencendo todos os adversários simulados. O levantamento foi realizado antes da cirurgia de Lula na cabeça.
Nos quatro cenários simulados pelo instituto, Lula venceria no segundo turno com ampla vantagem contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União).
O petista apresenta o maior percentual de intenções de voto contra Ronaldo Caiado, com 54% das intenções de voto contra 20%. Contra Bolsonaro, Lula venceria com 51% contra 35%, diferença mais expressiva do que os 2,13 milhões de votos registrados entre os dois no segundo turno de 2022. Em disputas contra Tarcísio e Pablo Marçal, o presidente alcança 52%, enquanto os adversários somam 26% e 27%, respectivamente.
Apesar de liderar, a possível candidatura de Lula divide opiniões. Para 52% dos entrevistados, o presidente não deveria disputar novamente, enquanto 48% apoiam sua candidatura. Em outubro, a rejeição à candidatura era maior, com 58% contrários e 40% favoráveis.
O cenário sobre quem será o provável adversário de Lula de 2026, caso ele decida ser candidato, ainda é incerto. Jair Bolsonaro, que se apresenta como único candidato viável da direita, está inelegível até 2030.
Tarcísio de Freitas diz que pretender focar em São Paulo, e Pablo Marçal já sinalizou intenção de concorrer à presidência após derrota para a prefeitura paulistana, mas tem processos na Justiça eleitoral que podem torná-lo inelegível.
Ronaldo Caiado é o único nome que se declarou pré-candidato à presidência em 2026, mas enfrenta obstáculos jurídicos. O TRE-GO o tornou inelegível a última quarta-feira, 11, por oito anos por abuso de poder político, decisão ainda passível de recurso.
Esta é a maior pesquisa já realizada pelo instituto. Foram feitas 8.598 entrevistas presenciais entre os dias 4 e 9 de dezembro. A margem de erro é de 1 ponto percentual, e o índice de confiança é de 95%.