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Lula se encontrará pela primeira vez com futuros comandantes das Forças Armadas

Lula disse que deseja discutir "o futuro do País" com os oficiais-generais apontados por ele

Lula participa de entrevista coletiva em São Paulo (AFP/AFP)

Lula participa de entrevista coletiva em São Paulo (AFP/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de dezembro de 2022 às 16h40.

Última atualização em 9 de dezembro de 2022 às 16h44.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir pela primeira vez nesta sexta-feira, dia 9, com os próximos comandantes-gerais das Forças Armadas. Lula disse que deseja discutir "o futuro do País" com os oficiais-generais apontados por ele, em conversas com o futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, um dos antecipados.

Ao apresentar Múcio, Lula não citou os nomes dos próximos comandantes. Disse apenas que Múcio é um "grande companheiro, meu ministro" e que já conversou antes com a nova cúpula militar brasileira. Os nomes confirmados por Múcio ao Estadão são o general Julio Cesar de Arruda (Exército), o almirante Marcos Olsen (Marinha) e o brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica).

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Lula disse que nos oito anos em que foi presidente manteve boa relação com as Forças Armadas. Ele afirmou que caberá a Múcio formalizar os nomes do comandantes e destacou que não admitirá politização do meio militar. Segundo Lula, não é papel das Forças Armadas tratar de política. "Fui presidente oito anos e tive relação com as Forças Armadas extraordinária. Nunca o Exército, a Marinha e Aeronáutica tiveram tanta ajuda de um governo como do meu", disse. Mas avisou: "As Forças Armadas têm um papel constitucional de defender os brasileiros de possíveis inimigos externos. Elas não foram feitas para fazer política, para ter candidato".

Lula viveu um impasse na relação sensível com as Forças Armadas e não conseguiu nem sequer formar um grupo de trabalho para realizar um diagnóstico do Ministério da Defesa na transição. A escolha dos comandantes visa pacificar a relação e dar início à passagem de comando de forma antecipada, já que os chefes militares nomeados por Bolsonaro indicaram desejo de deixar o cargo antes da posse.

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