Lula passa o domingo no Alvorada sem receber visitas e deve focar em agenda interna
No sábado, Lula recebeu no início da noite o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Para a próxima semana, o presidente deve focar em agendas nacionais, como o arcabouço fiscal
Redação Exame
Publicado em 26 de março de 2023 às 17h50.
Última atualização em 26 de março de 2023 às 19h56.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passa o domingo, 26, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, sem receber visitas. Lula foi diagnosticado com quadro de pneumonia e influenza na última quinta-feira, 23, e teve de cancelar uma viagem já marcada à China para se recuperar.
No sábado, 25, Lula recebeu no início da noite no Palácio da Alvoradaa visita do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Padilha afirmou que, na próxima semana, o chefe do Executivo deve focar em agendas internas em Brasília.
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De acordo com o ministro, a permanência do presidente no paíspermite que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se dedique, junto com Lula, à formulação da proposta do arcabouço fiscal. Antes de cancelar a viagem à China, Lula havia dito que a apresentação da proposta só ocorreria após o retorno do país asiático, no início de abril.
O ministro Padilha foi a única visita do sábado, além da médica da Presidência da República, Ana Helena Germoglio.
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Como médico, Padilha disse não recomendar que o presidente vá presencialmente à Marcha dos Municípios, nesta semana, em Brasília. O ministro disse que analisará se é possível Lula receber uma comitiva, de acordo com a recuperação.
Quadro de Lula é "bom", diz Kalil
Mais cedo, o cardiologista Roberto Kalil, médico de Lula, divulgou que o quadro de saúde do mandatário é "bom". Segundo os médicos, o presidente está com pneumonia e influenza A.
Kalil disse que Lulateria condições de fazer qualquer viagem em um prazo de 15 dias a um mês.
"O estado geral é bom e ele deve retornar às atividades dele durante a semana", disse Kalil, em entrevista à CNN Brasil. "Ele volta à vida normal dele, claro, com uma precaução inicial depois de um quadro de pneumonia, nos próximos dias. Se você me perguntar, daqui a um mês ou daqui a 15 dias teria condição, evidentemente, de fazer qualquer viagem."
O governo gostaria de remarcar a viagem à China "o quanto antes" por causa da importância do país asiático para a economia doméstica e da aproximação que Lula quer ter com o presidente chinês, Xi Jinping, por causa de questões geopolíticas, como a guerra na Ucrânia.
Além disso, o mandatário brasileiro quer participar da posse de sua antecessora Dilma Rousseff como a nova presidente do Banco dos Brics, que tem sede em Xangai.
Com o cancelamento da comitiva presidencial, a ex-presidente da República seguirá para a China sozinha na segunda-feira, 27. Dilma começa a trabalhar imediatamente, mas a solenidade de sua posse foi cancelada e aguardará a presença de Lula em um futuro próximo.
(Com informações do Estadão Conteúdo)