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Lula não está disputando a eleição e eu ignoro, diz Aécio

Ex-presidente disse que as agressões que a campanha petista vem recebendo se comparam ao comportamento dos nazistas na Segunda Guerra Mundial

Aécio: candidato do PSDB defendeu a democratização da mídia e do futebol (Orlando Brito/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

Aécio: candidato do PSDB defendeu a democratização da mídia e do futebol (Orlando Brito/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2014 às 16h41.

Belo Horizonte - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, criticou nesta quarta-feira, 22, pela primeira vez de forma incisiva, a atuação do ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva nesta corrida presidencial.

"O Lula não está disputando a eleição e eu ignoro, só lamento que um ex-presidente da República se permita cumprir um papel tão inexpressivo como este que ele vem cumprindo no final desta campanha eleitoral", disse, complementando: "É triste para a sua própria biografia, só quem perde com isso é ele, que apequena sua própria biografia com ataques torpes e absurdos como este."

Nessa terça-feira, 21, em evento de campanha com a presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, Lula disse que as agressões que a campanha petista vem recebendo do presidenciável tucano e seus correligionários do PSDB se comparam ao comportamento dos nazistas na Segunda Guerra Mundial.

Para Aécio, esta campanha vai ficar marcada na história do Brasil como a campanha da infâmia por parte dos seus adversários.

Antes de iniciar a entrevista coletiva, no comitê de campanha na capital mineira, onde se prepara para o comício previsto para as 18 horas, Aécio listou seus compromissos com a manutenção dos atuais programas sociais, como o Bolsa Família, disse que pretende valorizar os bancos e as instituições públicas e seus funcionários, como Banco do Brasil, BNDES, Caixa, Petrobras e Eletrobras, e falou, mais uma vez, que, se eleito, vai buscar uma fórmula para rever o fator previdenciário que pune os aposentados.

Ao falar desses compromissos, ele disse que estava repetindo suas propostas em razão do material apócrifo que vem sendo distribuído em todo o Brasil, "dando ideia de que poderíamos estar indo na direção do fim dos programas sociais ou da privatização dos bancos públicos e empresas".

E continuou: "Nossos adversários sabem que isso não vai acontecer, não há limite para se manterem no poder. O meu dever é tranquilizar os beneficiários do Bolsa Família, que vai continuar e será ampliado, queremos tranquilizar os servidores das instituições que são patrimônio do povo brasileiro e que serão fortalecidas em nosso governo, não permitiremos que sejam aparelhadas por partidos políticos."

Mídia e futebol

O candidato do PSDB defendeu democratização da mídia e do futebol.

"A democratização da mídia é muito importante, quero fortalecer a mídia do interior", disse o candidato em entrevista a jornalistas.

O tucano também afirmou que conversou nesta quarta-feira com o senador eleito pelo PSB do Rio e ex-jogador Romário e defendeu a democratização do futebol brasileiro.

"Temos que democratizar o futebol brasileiro. Vou estimular um debate sobre a profissionalização da gestão dos clubes", afirmou.

Aécio sugeriu ainda que o calendário do Campeonato Brasileiro seja reformulado.

Além do apoio de Romário, Aécio também tem feito campanha ao lado do jogador Ronaldo Nazário e tem como aliado o ex-jogador de vôlei Giovane Gávio, que foi candidato a deputado federal pelo PSDB-MG.

O presidenciável disse ainda que, se eleito, terá uma relação "republicana" com o governador eleito de Minas, Fernando Pimentel (PT).

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