Brasil

Lula intervém e Dilma consolida palanques no Sudeste

Por ordem de Lula, o PT terá de engolir o candidato que o PMDB indicar ao governo do Espírito Santo para garantir palanque


	Lula e Dilma: a presidente passa, assim, a ser a única candidata entre os três mais competitivos que já tem palanque em todo o Sudeste
 (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Lula e Dilma: a presidente passa, assim, a ser a única candidata entre os três mais competitivos que já tem palanque em todo o Sudeste (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 11h10.

Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva interveio na crise entre o PT e o PMDB do Espírito Santo e abriu um novo palanque para a candidatura de Dilma Rousseff no único Estado do Sudeste onde a presidente ainda tinha dificuldades para fazer campanha para a reeleição.

Por ordem de Lula, emitida em reunião com a cúpula do PT capixaba nesta quarta-feira, 06, o partido terá de engolir o candidato que o PMDB indicar ao governo, seja ele o senador Ricardo Ferraço ou o ex-governador Paulo Hartung. Com a intervenção, Lula e Dilma arrancaram o PMDB das mãos do PSB de Eduardo Campos.

Dilma passa, assim, a ser a única candidata entre os três mais competitivos que já tem palanque em todo o Sudeste, região com mais de 61 milhões de eleitores (cerca de 43,5% do País). O tucano Aécio Neves ainda tenta resolver o problema de São Paulo, que tem 32 milhões de eleitores, recorrendo a uma chapa puro-sangue, com o senador Aloysio Nunes Ferreira na vice.

Se tiver êxito, Aécio calcula que poderá obter 2 milhões de votos à frente de Dilma em São Paulo. Ele luta ainda para convencer o técnico de vôlei Bernardinho a se candidatar ao governo do Rio de Janeiro, o que lhe garantiria palanque no terceiro maior colégio eleitoral do País, onde o PSDB é fraco.

Já a dupla Eduardo Campos/Marina Silva, do PSB, ainda não definiu seus palanques nos grandes colégios eleitorais da Região Sudeste - o partido tem problemas tanto em São Paulo como no Rio e em Minas . No Espírito Santo, onde tem o governador, vai enfrentar a força de Lula. Na reunião com a cúpula petista capixaba, Lula obrigou o PT a retirar o veto à candidatura do peemedebista Ricardo Ferraço.


Os participantes, como o presidente da legenda local, José Dudé e a senadora Ana Rita, argumentaram que Ferraço não conseguirá derrotar Renato Casagrande, do PSB. Só Paulo Hartung teria essa força. Mas Lula reagiu. Disse que se PT e PMDB ficarem unidos, o candidato pode ser qualquer um dos dois.

No mesmo momento em que Lula se reunia com os petistas, Dilma recebia Ferraço e Hartung no Palácio do Planalto e anunciava o interesse na aliança. Foi um duro golpe no PSB de Eduardo Campos e Marina Silva.

O ataque do PT a Casagrande, aliado de Campos, teve início em outubro. Dilma cancelou visita que faria a Vitória no dia 18, quando anunciaria uma vários investimentos, um deles a reforma do aeroporto da capital.

O PSB avalia, nos bastidores, que Dilma cancelou a visita ao Espírito Santo - onde nunca pôs os pés depois que se tornou presidente - para não deixar o pacote de obras nas mãos do rival Casagrande.

Ao mesmo tempo em que sofre ataques num Estado que o PSB governa, Campos prepara um contra-ataque ao PT na Bahia. Ele e Marina vão a Salvador em dezembro para lançar a senadora Lídice da Mata (PSB) ao governo baiano, estabelecendo sua segunda fortaleza no Nordeste, além de Pernambuco. No ato, o PSB oficializará o rompimento com o PT estadual.

Quarto maior colégio eleitoral do País, com 10,1 milhões de eleitores, a Bahia está se tornando laboratório para todos os presidenciáveis. O PT rachou: a ala do governador apoia Rui Costa, secretário de Governo, rejeitado pelos comandados do senador Walter Pinheiro (PT). PSDB, DEM e PV estão unidos mas não definiram candidato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEleiçõesEleições 2014Luiz Inácio Lula da SilvaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSudeste

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP