Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: o ex-presidente disse que, quando Levy foi indicado para o ministério, ele argumentou que era a "melhor notícia" que Dilma havia dado desde a vitória da reeleição (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2015 às 14h45.
São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou ter pedido o afastamento do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, à presidente Dilma Rousseff. Em entrevista a Mário Kertész, da Rádio Metrópole, de Salvador, Lula disse que tal movimento seria "desleal".
Ele também disse que não indicou o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para o cargo.
"Eu não seria desleal com a Dilma, não seria desleal com o Levy e não seria desleal com o Meirelles. Eu não sou o presidente e não tenho o direito de indicar ninguém. Eu tenho o direito de torcer para que a presidenta Dilma escolha as pessoas mais corretas", disse, na entrevista realizada na manhã desta sexta-feira, 23.
Lula afirmou que, quando Levy foi indicado para o ministério, ele argumentou que era a "melhor notícia" que Dilma havia dado desde a vitória da reeleição.
"Foi o primeiro momento que a imprensa falou com carinho de uma indicação da Dilma", destacou. "E ele (Levy) tem a responsabilidade de fazer o ajuste, agora ele também não tem o controle do Congresso Nacional", ponderou.
"Se a Dilma quiser ficar com Levy, ela fica; se quiser tirar, ela tira. Eu vou continuar apoiando, torcendo para o governo dar certo. Porque, se o governo não der certo, quem perde não é a Dilma, quem perde sou eu, é você, é o povo brasileiro", completou o ex-presidente.LL