(Andressa Anholete/Getty Images)
Alessandra Azevedo
Publicado em 7 de dezembro de 2022 às 20h39.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a destituição de Pedro Castillo da Presidência do Peru, nesta quarta-feira, 7, foi um processo constitucional. Em nota, Lula disse ter acompanhado "com muita preocupação" os fatos que levaram ao impeachment e entendido que "tudo foi encaminhado no marco constitucional".
Castillo foi exonerado do cargo e preso nesta quarta-feira, após anunciar que dissolveria o Congresso do Peru e convocaria novas eleições. O Congresso peruano aprovou o impeachment por 101 votos a favor, 6 contra e 10 abstenções. Eram necessários 87 votos para consolidar o afastamento do então presidente.
"É sempre de se lamentar que um presidente eleito democraticamente tenha esse destino, mas entendo que tudo foi encaminhado no marco constitucional", disse Lula. Segundo ele, o Peru e a América do Sul precisam "de diálogo, tolerância e convivência democrática, para resolver os verdadeiros problemas que todos enfrentamos".
Lula disse esperar que a então vice-presidente Dina Ercilia Boluarte, que assumiu a Presidência do Peru após o impeachment, "tenha êxito em sua tarefa de reconciliar o país e conduzi-lo no caminho do desenvolvimento e da paz social". Boluarte é a primeira mulher a ocupar o cargo no país.
"Espero que todas as forças políticas peruanas trabalhem juntas, dentro de uma convivência democrática construtiva, a única forma capaz de trazer paz e prosperidade ao querido e fraterno povo peruano", disse Lula. Ele garantiu que trabalhará "de forma incansável" para reconstruir a integração regional, "para o que a amizade entre o Brasil e o Peru é fundamental".