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Lula diz que decisão do Ibama sobre exploração próxima à Foz do Amazonas não é definitiva

A declaração ocorreu durante entrevista a pool de rádios da Amazônia nesta quinta-feira, 3.

Lula foi questionado se o Amapá pode "continuar sonhando com petróleo jorrando progresso" (Wiktor Szymanowicz/Anadolu Agency/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 3 de agosto de 2023 às 11h26.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a negativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em relação ao pedido da Petrobras de exploração de petróleo próximo à Foz do Amazonas não é definitiva e, logo, deve haver uma decisão sobre o assunto. Em sua avaliação, a margem equatorial "deve ter petróleo" - e o presidente pontuou que ela fica a uma distância longe da foz.

A declaração ocorreu durante entrevista a pool de rádios da Amazônia nesta quinta-feira, 3. Lula foi questionado se o Amapá pode "continuar sonhando com petróleo jorrando progresso" para o Estado. "Vocês podem continuar sonhando e eu também quero continuar sonhando", respondeu o petista.

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"O estudo do Ibama disse que não era possível (a exploração de petróleo na região), mas não é definitivo porque eles apontam falhas técnicas que a Petrobras pode corrigir essas falhas", comentou. "Estamos discutindo isso. Acho que é uma decisão muito importante que o Estado brasileiro tem que tomar", afirmou.

Pesquisa

Para Lula, o que não se pode deixar de fazer é pesquisar.

"Nessa margem equatorial deve ter petróleo e ela fica a uma distância a muitos quilômetros da margem", pontuou. "Estamos em processo de discussão interna e acho que, logo logo, vamos ter uma decisão do que vamos fazer."

"Primeiro, a gente tem que fazer a pesquisa, se a pesquisa constatar que a gente tem o que a gente pensa que tem lá embaixo aí sim nós vamos fazer a segunda discussão. Como fazer para explorar sem causar nenhum prejuízo a qualquer espécie amazônica?"

A prospecção de óleo nos trechos próximos à foz do Amazonas é alvo de disputa. Ambientalistas dizem que o risco de danos aos biomas locais é grande demais para liberar a exploração.

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