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Lote de 2,3 milhões de remédios para intubação doados chega hoje ao Brasil

O grupo de empresas que fez a doação para o SUS é formado por Vale, Engie, Itaú Unibanco, Klabin, Petrobras, Raízen e TAG

(Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 15 de abril de 2021 às 14h54.

Um lote com 2,3 milhões de medicamentos usados na intubação de pacientes chegará ao Brasil na noite desta quinta-feira e serão doados por um grupo de sete empresas ao Ministério da Saúde , disse a Vale, uma das companhias envolvidas na doação em nota.

O pool de empresas espera ainda para este mês a chegada no Brasil de um segundo lote com mais 900 mil medicamentos, como sedativos, neurobloqueadores musculares e analgésicos opioides que também serão doados para serem usados no Sistema Único de Saúde (SUS) em meio à escassez desses produtos causadas pela alta demanda de pacientes acometidos pela Covid-19 que precisam de intubação em unidades de terapia intensiva de todo o país.

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"Todos os medicamentos serão doados ao Ministério da Saúde em quantidade suficiente para a gestão de 500 leitos pelo período de um mês e meio", afirmou a Vale em nota.

Além da mineradora, participam do grupo de empresas que fez a doação Engie, Itaú Unibanco, Klabin, Petrobras, Raízen e TAG, disse a Vale.

Atualmente no momento mais grave da pandemia de Covid-19, com uma média diária superior a 3 mil mortos pela doença, o Brasil tem visto vários Estados apontarem problemas com o abastecimento de medicamentos do chamado "kit intubação", tanto na rede pública quanto na privada.

No Estado de São Paulo, o mais rico e de maior população do país, por exemplo, a Secretaria de Saúde disse na quarta-feira ter estoque desses medicamentos somente para "alguns dias" e em outros locais, como em cidades do Rio de Janeiro, há relatos de pacientes tendo de ser amarrados em leitos enquanto ficam intubados devido à falta de sedativos.

Diante da escassez, o Ministério da Saúde fez uma requisição administrativa para fabricantes e distribuidores desses remédios com vistas a centralizar as compras e posterior distribuição a Estados e municípios. Governos locais, no entanto, reclamam da continuidade da falta dos remédios e da dificuldade em adquiri-los diretamente dada a requisição do ministério.

Na quarta, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse em pronunciamento à imprensa que, após uma compra feita com apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a pasta espera normalizar seus estoques em 10 dias. Disse ainda que o governo federal realizará um pregão internacional para adquiri mais medicamentos usados na intubação de pacientes.

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