presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) Fonte: Agência Câmara de Notícias (Acervo Câmara dos Deputados Fonte: Agência Câmara de Notícias/Agência Câmara)
Agência de notícias
Publicado em 13 de junho de 2023 às 10h09.
O presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) evitou tomar partido sobre a possível indicação de seu aliado Celso Sabino (União-PA) ao ministério do Turismo no lugar de Daniela Carneiro (União-RJ). Porém, reconheceu que a nomeação de Sabino poderia melhorar a relação do governo Lula com o União Brasil. Apesar de integrar a base governista, o partido não vem entregando os votos esperados em projetos de interesse do Palácio do Planalto.
Em entrevista à Globonews na noite desta segunda-feira, Lira afirmou que é próximo dos dois parlamentares. Ele disse que pessoalmente ambos o "atenderiam muito bem”, mas que não teria influência direta sobre a indicação.
"A pasta do Turismo é uma questão interna do União Brasil. A Daniela e o Celso são dois amigos de primeira hora na Câmara. Daniela é uma mulher que está no cargo, votou no Lula e bancou a campanha dele no Rio, isso tem que ser levado em conta. Já o Celso pode trazer mais apoio partidário (para o governo)", afirmou Lira.
Ao comentar sobre os problemas de articulação política do governo, o presidente da Câmara apontou que um dos motivos para essa dificuldade pode ser o fato de que Lula ainda não deixou claro seus planos para as eleições 2026.
"O fato do presidente Lula não ter explicitado até hoje se será candidato à reeleição ou não gera muitos candidatos dentro do PT. Isso não ajuda na administração do governo. Porque há uma aparente dificuldade de relacionamento dentro do governo entre A, B, C e D", disse o deputado sem nomear a quem estava se referindo.
Ele comentou ainda sobre a sugestão que teria feito a Lula, para que Fernando Haddad fosse para a Casa Civil no lugar de Rui Costa. Lira disse que no último encontro que teve com o presidente, durante um café da manhã, apenas teria indagado o presidente sobre a possibilidade.
"Eu fiz essa pergunta, e o presidente de imediato disse "não". A partir daí a conversa sobre ministérios cessou", contou Lira.