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Ligar zika e microcefalia levará 4 meses, diz OMS

Segundo o especialista, conforme o vírus vai sendo isolado nas pessoas infectadas, fica mais clara a ausência de outras causas que possam explicar tais doenças


	Mãe amamentando bebê com Zika no Brasil
 (Getty Images)

Mãe amamentando bebê com Zika no Brasil (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2016 às 08h31.

São Paulo - O prazo foi dado porque as mulheres grávidas no último trimestre do ano passado - quando foi registrado o aumento de casos no Brasil nas áreas afetadas - começarão a dar à luz por volta do mês de junho, explicou o diretor para Emergências de Saúde da OMS, Bruce Aylward.

"A evidência aumenta em termos de associação temporal e geográfica do vírus e das consequências que tememos", disse Aylward em referência à microcefalia em recém­nascidos e à síndrome de Guillain-Barré.

Segundo o especialista, conforme o vírus vai sendo isolado nas pessoas infectadas, fica mais clara a ausência de outras causas que possam explicar tais doenças. "No entanto, não se descarta que zika possa ser um fator dessas patologias, mas não o único", disse Aylward. Ele acrescentou que, nas atuais circunstâncias, o zika "é culpado até que se prove o contrário".

Publicações científicas divulgaram recentemente as conclusões de diferentes pesquisas, incluindo algumas com base na necropsia de crianças com microcefalia e nos quais se encontrou o vírus no cérebro, mas Aylward esclareceu que "isso não demonstra a causalidade".

A OMS divulgou também que, desde janeiro de 2007, um total de 41 países registraram transmissão local do vírus da zika. Dois novos países foram incluídos na lista: Aruba e Bonaire, ambos no Caribe.

Jogos Olímpicos

Aylward ainda considera que o surto de zika não oferece risco à Rio-2016. "Isso porque os Jogos vão ocorrer no inverno, quando a incidência do mosquito é menor. Teremos uma boa Olimpíada."

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