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Líder do PT defende que sessão com delator seja aberta

A avaliação é que uma reunião reservada poderia passar a imagem de que o governo não quer apurar as denúncias de irregularidades na estatal


	O ex-diretor da Petrobras: a CPI da Petrobras tentará ouvir Paulo Roberto a partir das 14h30
 (Antonio Cruz/ABr)

O ex-diretor da Petrobras: a CPI da Petrobras tentará ouvir Paulo Roberto a partir das 14h30 (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 13h54.

Brasília - O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), defendeu nesta quarta-feira que o ex-diretor da Petrobras e delator de um suposto esquema de pagamento de propinas na estatal, Paulo Roberto Costa, seja ouvido em sessão aberta hoje na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional.

Costa avaliou que uma reunião reservada - em que apenas os parlamentares ouviriam o depoimento de Paulo Roberto - poderia passar a imagem de que o governo não quer apurar as denúncias de irregularidades na estatal.

"Se apoiarmos uma sessão fechada a leitura é que não queremos que as pessoas tomem conhecimento do que vai ser discutido", afirmou há pouco ao Broadcast Político o petista."Não temos nada que esconder nessa história". A

CPI mista da Petrobras tentará ouvir Paulo Roberto a partir das 14h30 de hoje. Desde o dia 29 de agosto, o ex-dirigente da estatal está prestando uma série de depoimentos em um acordo de delação premiada no qual tem revelado suspeitas de corrupção na Petrobras e crimes de pagamento de propina a dezenas de políticos, inclusive do PMDB e do PT, os dois principais partidos da base aliada.

A expectativa de deputados e senadores aliados do Planalto é que o ex-diretor da estatal fique em silêncio para não quebrar os termos da delação premiada que costura com a Justiça Federal.

Ao revelar o que sabe, Paulo Roberto Costa pleiteia uma significativa redução de pena. Ontem, no entanto, parlamentares tanto da base quanto da oposição defenderam que a reunião fosse fechada. A decisão sobre o formato da sessão será tomada pelo presidente do colegiado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

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