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Líder do PSB diz que proposta de diálogo não é sincera

Beto Albuquerque disse que não é sincera a disposição da presidente Dilma de dialogar com todas as forças políticas

Beto Albuquerque (PSB): "acho que ela tem de tratar de governar com seus aliados e cumprir as suas tarefas", afirmou (Fernando Frazão/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2014 às 20h40.

Porto Alegre - O deputado federal Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara, afirmou nesta quarta-feira, 29, que não é sincera a disposição da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) de dialogar com todas as forças políticas.

"Se fosse para pedir desculpas pelas mentiras e calúnias, pelas inverdades que foram desferidas a nós ao longo da campanha, até valeria a pena sentar e conversar, mas não acredito que seja sincero por parte da Dilma esse tipo de manifestação. Acho que ela tem de tratar de governar com seus aliados e cumprir as suas tarefas", afirmou em entrevista, antes de participar de reunião do diretório estadual do PSB, na capital gaúcha.

Na ocasião, ele foi presidente do PSB gaúcho.

O deputado gaúcho, que foi candidato a vice na chapa de Marina Silva, é o atual líder do seu partido na Câmara, mas ficará sem mandato a partir de janeiro.

Provavelmente, participará da administração do governador eleito no Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), aliado do PSB no Estado.

Beto se disse surpreso pela informação de que o presidente executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, estaria entre os nomes defendidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o Ministério da Fazenda no novo mandato de Dilma, conforme reportagens publicadas nos últimos dias.

"Afinal, éramos nós que tínhamos a proposta de entregar o governo aos bancos? Ou é o PT que depois da eleição volta a se encontrar com os bancos, que foram os que mais ganharam dinheiro ao longo dos 12 anos de governo petista", questionou.

De acordo com o parlamentar, não faz sentido pensar em uma proposta de diálogo com um partido que muda de opinião "tão rapidamente". Beto reforçou que, nos próximos quatro anos, o PSB fará oposição com a cara do partido.

"Não vamos misturar o nosso movimento de oposição ao PSDB, ao DEM, que têm um outro propósito, embora tenham recebido nosso apoio no segundo turno. Fôssemos iguais e pensássemos iguais, teríamos estado juntos no primeiro turno", explicou.

Segundo Beto, a oposição do PSB será crítica, mas não raivosa. "Nossa oposição será propositiva. Vamos fiscalizar do início ao fim o governo da Dilma, nas suas promessas e projetos, e queremos independência para isso", falou.

Beto também revelou que vê com naturalidade o fato de Marina ter reafirmado sua intenção de criar a Rede Sustentabilidade, já que sempre se soube que seu ingresso no PSB seria passageiro.

O discurso segue o mesmo tom da postura adotada por outras lideranças do PSB.

"Não há nenhum constrangimento. Se o desejo dela for realmente fazer a Rede, lhe desejamos sucesso", disse o deputado, antes de completar: "Mas quero reiterar que o PSB vai se manter na oposição porque quer ter candidato próprio em 2018 à Presidência da República. Vamos manter essa nossa linha iniciada por Eduardo Campos em 2014."

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Porto Alegre - O deputado federal Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara, afirmou nesta quarta-feira, 29, que não é sincera a disposição da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) de dialogar com todas as forças políticas.

"Se fosse para pedir desculpas pelas mentiras e calúnias, pelas inverdades que foram desferidas a nós ao longo da campanha, até valeria a pena sentar e conversar, mas não acredito que seja sincero por parte da Dilma esse tipo de manifestação. Acho que ela tem de tratar de governar com seus aliados e cumprir as suas tarefas", afirmou em entrevista, antes de participar de reunião do diretório estadual do PSB, na capital gaúcha.

Na ocasião, ele foi presidente do PSB gaúcho.

O deputado gaúcho, que foi candidato a vice na chapa de Marina Silva, é o atual líder do seu partido na Câmara, mas ficará sem mandato a partir de janeiro.

Provavelmente, participará da administração do governador eleito no Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), aliado do PSB no Estado.

Beto se disse surpreso pela informação de que o presidente executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, estaria entre os nomes defendidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o Ministério da Fazenda no novo mandato de Dilma, conforme reportagens publicadas nos últimos dias.

"Afinal, éramos nós que tínhamos a proposta de entregar o governo aos bancos? Ou é o PT que depois da eleição volta a se encontrar com os bancos, que foram os que mais ganharam dinheiro ao longo dos 12 anos de governo petista", questionou.

De acordo com o parlamentar, não faz sentido pensar em uma proposta de diálogo com um partido que muda de opinião "tão rapidamente". Beto reforçou que, nos próximos quatro anos, o PSB fará oposição com a cara do partido.

"Não vamos misturar o nosso movimento de oposição ao PSDB, ao DEM, que têm um outro propósito, embora tenham recebido nosso apoio no segundo turno. Fôssemos iguais e pensássemos iguais, teríamos estado juntos no primeiro turno", explicou.

Segundo Beto, a oposição do PSB será crítica, mas não raivosa. "Nossa oposição será propositiva. Vamos fiscalizar do início ao fim o governo da Dilma, nas suas promessas e projetos, e queremos independência para isso", falou.

Beto também revelou que vê com naturalidade o fato de Marina ter reafirmado sua intenção de criar a Rede Sustentabilidade, já que sempre se soube que seu ingresso no PSB seria passageiro.

O discurso segue o mesmo tom da postura adotada por outras lideranças do PSB.

"Não há nenhum constrangimento. Se o desejo dela for realmente fazer a Rede, lhe desejamos sucesso", disse o deputado, antes de completar: "Mas quero reiterar que o PSB vai se manter na oposição porque quer ter candidato próprio em 2018 à Presidência da República. Vamos manter essa nossa linha iniciada por Eduardo Campos em 2014."

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