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Líder do governo no Senado diz que mudança na pasta do Turismo tem lógica

Embora alegue que não defenda a saída de Daniela Carneiro do cargo, o petista avaliou que a iminente troca de partido da ministra justifica a cobrança pela troca na pasta

Jaques Wagner: "Turismo tem uma lógica que é você dizer que as pessoas estão lá representando o partido" (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)

Jaques Wagner: "Turismo tem uma lógica que é você dizer que as pessoas estão lá representando o partido" (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 12 de junho de 2023 às 12h26.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que a troca de comando no Ministério do Turismo tem "lógica". Embora alegue que não defenda a saída de Daniela Carneiro do cargo, o petista avaliou que a iminente troca de partido da ministra - do União Brasil para o Republicanos, no aguardo de um aval da Justiça Eleitoral - justifica a cobrança pela troca na pasta.

"Turismo tem uma lógica que é você dizer que as pessoas estão lá representando o partido. Não estou defendendo que ela [Daniela] saia. Mas, na medida em que se confirmar que ela pediu para sair do partido, é óbvio que o partido [União Brasil] vai dizer 'era nossa representação, não é mais'", disse Jaques Wagner a jornalistas.

Em entrevista ao Broadcast Político, , sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o prefeito de Belford Roxo (RJ) e marido de Daniela, Waguinho Carneiro, afirmou que a ministra é cota pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não do União Brasil.

A demissão da ministra da Saúde, Nísia Trindade, para dar lugar a um indicado do Centrão, no entanto, é descartada neste momento pelo líder do governo no Senado. "Sinceramente, acho que por enquanto está no campo do desejo de quem está pedindo", declarou.

Arcabouço no Senado

Jaques afirmou que o relator do arcabouço fiscal na Casa, senador Omar Aziz (PSD-AM), vai apresentar seu parecer nesta semana. O governo, diz Wagner, não prevê uma data para a votação da pauta e vai orientar para a manutenção do texto como está, de forma a evitar que ele volte à Câmara.

"A preocupação é que se, mudar o texto, volta para a Câmara. Se voltar, começa o puxa e estica, todo mundo querendo tirar outras coisas", afirmou o petista. "Vai haver um pedido do governo para que não haja alterações. Não que sejam peremptórias, mas queremos aproveitar as boas notícias que saíram de inflação, crescimento do PIB, e consolidar logo o arcabouço fiscal", acrescentou.

Para o líder, o limite contido no arcabouço ao fundo constitucional do Distrito Federal deve ser mantido e não "traz tanto prejuízo", embora a discussão esteja em andamento no governo. "Na caminhada, você pode, lá na frente, fazer alguma mudança que esteja fora de prumo. Mas, se ficar indas e vindas, é ruim para o País", disse Wagner.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), porém, entende que o dispositivo deve cair do arcabouço fiscal ou ser vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva se o texto passar pelo Congresso como está.

Sobre a tensão com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, chamado por ele de "idiota completo" por enxergar Brasília como uma "ilha da fantasia", Ibaneis ressalta que o ex-governador da Bahia já se retratou. "Não tenho nenhum tipo de restrição a ele" afirma Ibaneis.

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