Brasil

Líder diz que governo espera votar desonerações nesta semana

Segundo o deputado José Guimarães (PT-CE), o governo tentará votar o projeto que reverte a política de desonerações da folha de pagamento na Câmara nesta semana


	José Guimarães (PT-CE): “vamos trabalhar para ter quórum”
 (Reprodução/Site oficial José Guimarães)

José Guimarães (PT-CE): “vamos trabalhar para ter quórum” (Reprodução/Site oficial José Guimarães)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2015 às 19h58.

Brasília - O governo tentará votar o projeto que reverte a política de desonerações da folha de pagamento na Câmara dos Deputados ainda nesta semana, disse nesta terça-feira o líder da bancada governista, deputado José Guimarães (PT-CE), que conta com o compromisso do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de colocar o projeto em votação a partir das 19h da quarta-feira.

“Vamos trabalhar para ter quórum”, disse Guimarães a jornalistas, após reunião de lideranças da Câmara nesta terça. “Muita gente está chegando”, afirmou, referindo-se aos colegas, que devem dedicar a noite desta terça-feira às tradicionais festas de São João, tradicionalmente comemoradas do dia 23 para o dia 24 de junho.

“Nós precisamos encerrar até a quinta-feira a pauta do ajuste (fiscal) e a partir daí discutirmos outras agendas de interesse do país”, afirmou.

O projeto que reverte parte das desonerações integra o pacote de propostas do governo editadas para reequilibrar as contas públicas. Há ainda outras medidas editadas com a mesma intenção, mas não tão polêmicas como as MPs já aprovadas que alteraram o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários.

O projeto de lei que aguarda votação na Câmara prevê a elevação de alíquotas de contribuição previdenciária sobre a receita bruta de 1 por cento para 2,5, no caso da indústria, e de 2 por cento para 4,5 por cento para empresas de serviços.

Quatro setores --comunicação social, transporte de passageiros, call centers e alguns itens alimentícios da cesta básica-- terão uma elevação menor em suas alíquotas, de cerca de um terço do aumento previsto para outras áreas.

A votação da proposta na Câmara estava prevista para a última quinta-feira, mas foi adiada após notícias de apedrejamento a ônibus que transportava parlamentares oposicionistas brasileiros em visita a presos políticos na Venezuela. O clima esquentou, e a análise do projeto passou para a próxima quarta-feira.

Antes de se debruçar sobre o projeto, no entanto, deputados terão de analisar duas medidas provisórias, uma que estabelece a política de reajuste do salário mínimo, e outra que desobriga tratores e equipamentos agrícolas do pagamento de licenciamento.

De acordo com Guimarães, há acordo para a apreciação das medidas, e sua votação depende apenas de um quórum mínimo necessário para iniciar a ordem do dia.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosGovernoPolíticaPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho