Brasil

PMDB critica governo por retirar projeto sobre dívidas

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, disse que o governo se valeu de uma "desculpa" ao retirar do Congresso o projeto de lei que altera o indexador da dívida dos estados


	O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ)
 (Gustavo Lima/Câmara)

O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ) (Gustavo Lima/Câmara)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2013 às 14h42.

Brasília - O líder do PMDB na Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (RJ) disse que o governo se valeu de uma "desculpa" ao retirar do Congresso o Projeto de Lei 238, que altera o indexador da dívida dos Estados.

Nesta segunda-feira, 20, o Ministério da Fazenda anunciou a remoção do projeto de lei sob o argumento de que o governo não concorda com uma emenda incluída ao projeto por Cunha, que amplia os benefícios aos governos estaduais ao conceder desconto de até 45% da dívida com a administração federal.

"A mudança no texto, que não é de minha autoria e sequer foi votada, foi entregue pelo conjunto dos secretários de Fazenda do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Goiás e Rio Grande do Sul, além das prefeituras de São Paulo e do Rio", disse Cunha, logo após participar de reunião com lideranças da base do governo na manhã desta terça-feira.

Perguntado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se o fato de a retirada da proposta à sua emenda era uma "desculpa" do governo, o líder peemedebista foi enfático: "É desculpa, não há dúvida".

Ele não comentou, no entanto, se considerava essa postura um resquício do embate entre o PT e PMDB na votação da MP dos Portos, na semana passada. "Não posso trabalhar com esse tipo de raciocínio, tenho de trabalhar com a realidade parlamentar", comentou.

Ele revelou ainda ter recebido ligação do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), que pediu mais detalhes da retirada da proposta do Congresso. A prefeitura da capital paulista era uma das maiores interessadas na mudança do indexador.

Na avaliação do peemedebista, a retirada ocorreu porque o governo precisa aprovar uma série de propostas em conjunto.

"O problema todo se trata que o governo quer aprovar as matérias em conjunto, e nesse ponto ele está certo. Eu nunca disse que queria aprovar uma matéria autônoma dessa natureza em contradição com o governo, porque quem vai abrir mão do bolso é o governo", avaliou.

"Sem resolver a resolução do ICMS e sem resolver a compensação do Fundo de Desenvolvimento Regional, seria impossível", disse Cunha.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosMDB – Movimento Democrático BrasileiroPartidos políticosPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Número de praias impróprias para banho no litoral paulista sobe para 51

Gilmar Mendes, do STF, diz que governo da Venezuela não é democrático

Prefeito de BH, Fuad Noman passa por traqueostomia e está consciente

Exportação de bens de alta tecnologia foi a que mais cresceu entre os setores industriais em 2024