Agentes da Polícia Federal durante fase da Operação Lava Jato, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2015 às 20h08.
Brasília - A vice procuradora-geral Ela Wiecko comentou na tarde desta quarta-feira, 29, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de revogar a prisão preventiva de nove executivos presos na Operação Lava Jato e determinar que eles permaneçam em prisão domiciliar enquanto aguardam julgamento.
Para Ela, que é a procuradora-geral da República em exercício em razão de viagem do procurador-geral, Rodrigo Janot, a decisão não atrapalha o andamento das investigações.
"Acho que não vai atrapalhar a investigação, porque foram colocadas condições, elas são impeditivas", disse a vice procuradora-geral.
Ela afirmou, no entanto, que haveria "mais certeza" de que o andamento do caso não será prejudicado se os executivos estivessem presos.
Os executivos que foram liberados para deixarem a prisão deverão permanecer em regime domiciliar, com uso de tornozeleiras eletrônicas e outras restrições, como a proibição de participar da administração das empresas que supostamente formaram cartel para firmar contratos com a Petrobras e de entrar em contato com outros investigados.
Ela Wiecko acredita que a decisão do STF não interfere na negociação de acordos de delação premiada com os empreiteiros.
"Podem fazer a delação premiada enquanto não oferecida a denúncia, tem tempo ainda", disse a procuradora.