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Lewandowski despacha pela 1ª vez no gabinete de Dilma

O presidente do Supremo Tribunal Federal deverá ficar no Planalto por cerca de duas horas, uma vez que tem compromissos no STF no final da tarde

Lewandowski: ele assumiu, na condição de "substituto constitucional", a Presidência da República (Carlos Humberto/SCO/STF)
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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 16h20.

Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal ( STF ), ministro Ricardo Lewandowski, chegou na tarde desta terça-feira, 23, ao Palácio do Planalto na condição de presidente da República interino.

Ele despachará, pela primeira vez, no gabinete da presidente Dilma Rousseff , no terceiro andar.

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Lewandowski deverá ficar no Planalto por cerca de duas horas, uma vez que tem compromissos no STF no final da tarde.

O ministro assumiu, na condição de "substituto constitucional", a Presidência da República, entre esta segunda-feira, 22, e quarta-feira, 24.

A presidente Dilma Rousseff viajou para Nova York, e o vice-presidente Michel Temer viajou para o Uruguai.

Às 17 horas de hoje, Lewandowski receberá, no Supremo, o embaixador do Kuwait no Brasil, Ayadah Alsaidi.

Às 18h30, terá audiência com o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), em reunião na qual estarão presentes também o ministro do STF Teori Zavascki e o procurador-geral da República e procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot.

Vital do Rêgo, que é presidente da CPI Mista da Petrobras, quer que os parlamentares tenham acesso ao conteúdo do processo de delação premiada do ex-diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa.

O presidente do STF é o quarto na lista de sucessão nos casos de impedimentos eventuais do ocupante da Presidência da República, conforme prevê a Constituição.

Os sucessores naturais seriam o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O problema é que Henrique Alves está em campanha para o governo do Rio Grande do Norte e não pode assumir o Planalto porque se tornaria inelegível.

No caso de Renan, a situação é um pouco diferente. É que seu filho é candidato ao governo de Alagoas e a legislação impede que parentes de chefe do Poder Executivo concorram a cargos eletivos.

Em uma manobra para evitar que a oposição promova contestações judiciais, questionando a possibilidade de reeleição de Michel Temer (PMDB), Lewandowski assumiu a Presidência, interinamente, na noite desta segunda-feira (22).

A estratégia foi decidida de última hora, quando Dilma já estava em Minas Gerais, para uma viagem de campanha, e de lá seguiria para os Estados Unidos, onde vai discursar na Cúpula do Clima, hoje, e também na abertura da Assembleia Geral da ONU, amanhã.

Para acertar a permanência de Lewandowski à frente do Palácio do Planalto por dois dias, Dilma telefonou para o presidente do STF e explicou o que estava ocorrendo.

Pediu que ele ficasse em seu lugar. O ministro concordou assumiu o posto, pela primeira vez.

Temer foi para Montevidéu, capital do Uruguai, para cumprir uma agenda bilateral com o presidente uruguaio, José Mujica, em viagem também acertada de última hora.

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