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Levy deve deixar o governo nesta sexta, dizem fontes

Outro nome que surgiu nas últimas horas seria o do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, segundo uma fonte do Planalto, que pediu anonimato

Joaquim Levy: outro nome que surgiu nas últimas horas seria o do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, segundo uma fonte do Planalto, que pediu anonimato (Sergio Moraes/ Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 17h52.

Brasília/ São Paulo - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , deve deixar o cargo ainda nesta sexta-feira, no máximo nos próximos dias, afirmaram à Reuters duas fontes com conhecimento sobre o assunto, após diversos atritos com a presidente Dilma Rousseff , sobretudo quanto ao ajuste fiscal.

O nome mais forte para substituí-lo é o do atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que tem um perfil mais alinhado ao da presidente, apesar de certa resistência do mercado, que o enxerga como "desenvolvimentista".

A presidente teria buscado alternativas fora do governo. Foram sondados o economista Marcos Lisboa, diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa Insper, e Otaviano Canuto, diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas ambos recusaram, disseram à Reuters duas fontes diferentes.

Outro nome que surgiu nas últimas horas seria o do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, segundo uma fonte do Planalto, que pediu anonimato.

O petista chegou a ser cotado para o cargo no início do segundo mandato de Dilma Rousseff, antes de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convencê-la de que o governo precisava de um nome palatável para o mercado.

Wagner poderia exercer a função que Antonio Palocci teve no primeiro governo de Lula, a de um político com ótimo trânsito no Congresso cercado com uma equipe técnica forte.

Nesta manhã, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse que um ministro da Fazenda precisa ser "jeitoso", além de técnico e político --um perfil que o descreve.

A solução Wagner, no entanto, traria dois problemas: desorganizaria a equipe do Planalto, que finalmente trabalha afinada após a chegada dele à Casa Civil, e poderia ter mais dificuldade para conseguir um respaldo do mercado.

O país passa por grave recessão econômica, com inflação elevada, além de intensa crise política, que culminou com abertura de um processo de impeachment contra a presidente.

Com as contas públicas em desordem e o turbilhão político, Dilma tem dificuldades para encontrar outro nome para substituir Levy.

Por isso, a solução mais provável nesse momento ainda é Barbosa, que tem ótimo relacionamento com a presidente.

Com sua eventual saída, o Ministério do Planejamento poderia ficar sob o comando de um técnico interino até se encontrar um novo nome.

Fontes do Planalto já começam a "vender" a ideia de que Barbosa não é um "irresponsável" e não vai ficar gastando além do que pode nem abandonar o ajuste fiscal.

Ao mesmo tempo, enquanto enfrenta o pedido de impeachment, Dilma precisa contar com quem realmente a apoia, que são os movimentos sociais, e que cobram pelo menos algumas mudanças na política econômica.

Há algum tempo o governo fala que é preciso parar de falar em ajuste e começar a valorizar o retorno ao crescimento e alternativas para a retomada da geração do emprego e da renda.

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Brasília/ São Paulo - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , deve deixar o cargo ainda nesta sexta-feira, no máximo nos próximos dias, afirmaram à Reuters duas fontes com conhecimento sobre o assunto, após diversos atritos com a presidente Dilma Rousseff , sobretudo quanto ao ajuste fiscal.

O nome mais forte para substituí-lo é o do atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que tem um perfil mais alinhado ao da presidente, apesar de certa resistência do mercado, que o enxerga como "desenvolvimentista".

A presidente teria buscado alternativas fora do governo. Foram sondados o economista Marcos Lisboa, diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa Insper, e Otaviano Canuto, diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas ambos recusaram, disseram à Reuters duas fontes diferentes.

Outro nome que surgiu nas últimas horas seria o do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, segundo uma fonte do Planalto, que pediu anonimato.

O petista chegou a ser cotado para o cargo no início do segundo mandato de Dilma Rousseff, antes de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convencê-la de que o governo precisava de um nome palatável para o mercado.

Wagner poderia exercer a função que Antonio Palocci teve no primeiro governo de Lula, a de um político com ótimo trânsito no Congresso cercado com uma equipe técnica forte.

Nesta manhã, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse que um ministro da Fazenda precisa ser "jeitoso", além de técnico e político --um perfil que o descreve.

A solução Wagner, no entanto, traria dois problemas: desorganizaria a equipe do Planalto, que finalmente trabalha afinada após a chegada dele à Casa Civil, e poderia ter mais dificuldade para conseguir um respaldo do mercado.

O país passa por grave recessão econômica, com inflação elevada, além de intensa crise política, que culminou com abertura de um processo de impeachment contra a presidente.

Com as contas públicas em desordem e o turbilhão político, Dilma tem dificuldades para encontrar outro nome para substituir Levy.

Por isso, a solução mais provável nesse momento ainda é Barbosa, que tem ótimo relacionamento com a presidente.

Com sua eventual saída, o Ministério do Planejamento poderia ficar sob o comando de um técnico interino até se encontrar um novo nome.

Fontes do Planalto já começam a "vender" a ideia de que Barbosa não é um "irresponsável" e não vai ficar gastando além do que pode nem abandonar o ajuste fiscal.

Ao mesmo tempo, enquanto enfrenta o pedido de impeachment, Dilma precisa contar com quem realmente a apoia, que são os movimentos sociais, e que cobram pelo menos algumas mudanças na política econômica.

Há algum tempo o governo fala que é preciso parar de falar em ajuste e começar a valorizar o retorno ao crescimento e alternativas para a retomada da geração do emprego e da renda.

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