Legado do ex-presidente não reelegerá Dilma, diz Rui Falcão
Falcão citou pesquisas que indicam que a maioria da população acredita que o programa Bolsa-Família será mantido mesmo que outro partido chegue ao poder
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2013 às 23h17.
Rio de Janeiro - Em seminário sobre a trajetória do PT nas cidades brasileiras, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, disse nesta sexta-feira (24) que o legado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do atual governo não é suficiente para reeleger a presidente Dilma Rousseff em 2014 e que será preciso apresentar à sociedade uma proposta que vá além da continuidade do que foi feito em três mandatos petistas.
Falcão citou pesquisas que indicam que a maioria da população acredita que o programa Bolsa-Família será mantido mesmo que outro partido chegue ao poder.
"A população acha que outro governo também daria continuidade ao bolsa-família. Em parte é positivo, porque a população vê como conquista inamovível no sentido de que nenhum governo teria coragem de abolir. Por outro, significa que apenas o que nós já fizemos não é suficiente para garantir uma reeleição. O legado do presidente Lula foi um dos principais elementos para a eleição da companheira Dilma, além de suas qualidades pessoais, seu discurso, sua trajetória. Mas hoje simplesmente esse legado é insuficiente. Precisamos acenar com o futuro. Que novas propostas nós oferecemos para a sociedade para que ela veja no nosso governo não só manutenção do que foi conquistado, mas novas possibilidades de continuar avançando? O futuro não é o que fizemos, com alguns acréscimos. É um aceno para mudanças", discursou o presidente do PT.
Falcão defendeu, então, o que considera duas bandeiras prioritárias do partido: a reforma do sistema político eleitoral, com mudanças como o financiamento público de campanhas, e a "democratização dos meios de comunicação".
No dia seguinte (quinta-feira, 23) à escolha do jurista Luís Roberto Barroso para o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do PT disse aos militantes esperar que, "nessa nova composição, os embargos possam ser apreciados e o processo revisto no STF" e classificou o mensalão como "o pior episódio que tivemos, que levou a elite a criminalizar companheiros do partido".
Falcão também respondeu ao presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, que disse que os partidos no País são "de mentirinha". "Que ele diga isso em relação aos outros, mas não vamos admitir que fale do PT", disse o líder petista.
Ao lado do senador Lindbergh Farias, pré-candidato do PT ao governo do Rio que tem sofrido pressão do PMDB do governador Sérgio Cabral para desistir da disputa e apoiar o atual vice-governador Luiz Fernando Pezão, Rui Falcão evitou acirrar a tensão entre petistas e peemedebistas do Rio. "Não há contradição entre PT e PMDB, temos trabalhado em conjunto. As candidaturas postas são legítimas, não há nenhuma hostilidade nossa", afirmou, em rápida entrevista.
Saudado com o slogan "ôô, ôô, o Lindbergh vai ser governador", o senador não quis comentar a crise entre o PT e o PMDB fluminenses. No discurso, lembrou a trajetória do partido, os dez anos no poder. "O PT do Rio vai crescer para defender o povo trabalhador desse Estado, como o Lula fez no País. O crescimento do PT do Rio é o crescimento do projeto nacional", afirmou Lindbergh aos companheiros de partido.
Rio de Janeiro - Em seminário sobre a trajetória do PT nas cidades brasileiras, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, disse nesta sexta-feira (24) que o legado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do atual governo não é suficiente para reeleger a presidente Dilma Rousseff em 2014 e que será preciso apresentar à sociedade uma proposta que vá além da continuidade do que foi feito em três mandatos petistas.
Falcão citou pesquisas que indicam que a maioria da população acredita que o programa Bolsa-Família será mantido mesmo que outro partido chegue ao poder.
"A população acha que outro governo também daria continuidade ao bolsa-família. Em parte é positivo, porque a população vê como conquista inamovível no sentido de que nenhum governo teria coragem de abolir. Por outro, significa que apenas o que nós já fizemos não é suficiente para garantir uma reeleição. O legado do presidente Lula foi um dos principais elementos para a eleição da companheira Dilma, além de suas qualidades pessoais, seu discurso, sua trajetória. Mas hoje simplesmente esse legado é insuficiente. Precisamos acenar com o futuro. Que novas propostas nós oferecemos para a sociedade para que ela veja no nosso governo não só manutenção do que foi conquistado, mas novas possibilidades de continuar avançando? O futuro não é o que fizemos, com alguns acréscimos. É um aceno para mudanças", discursou o presidente do PT.
Falcão defendeu, então, o que considera duas bandeiras prioritárias do partido: a reforma do sistema político eleitoral, com mudanças como o financiamento público de campanhas, e a "democratização dos meios de comunicação".
No dia seguinte (quinta-feira, 23) à escolha do jurista Luís Roberto Barroso para o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do PT disse aos militantes esperar que, "nessa nova composição, os embargos possam ser apreciados e o processo revisto no STF" e classificou o mensalão como "o pior episódio que tivemos, que levou a elite a criminalizar companheiros do partido".
Falcão também respondeu ao presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, que disse que os partidos no País são "de mentirinha". "Que ele diga isso em relação aos outros, mas não vamos admitir que fale do PT", disse o líder petista.
Ao lado do senador Lindbergh Farias, pré-candidato do PT ao governo do Rio que tem sofrido pressão do PMDB do governador Sérgio Cabral para desistir da disputa e apoiar o atual vice-governador Luiz Fernando Pezão, Rui Falcão evitou acirrar a tensão entre petistas e peemedebistas do Rio. "Não há contradição entre PT e PMDB, temos trabalhado em conjunto. As candidaturas postas são legítimas, não há nenhuma hostilidade nossa", afirmou, em rápida entrevista.
Saudado com o slogan "ôô, ôô, o Lindbergh vai ser governador", o senador não quis comentar a crise entre o PT e o PMDB fluminenses. No discurso, lembrou a trajetória do partido, os dez anos no poder. "O PT do Rio vai crescer para defender o povo trabalhador desse Estado, como o Lula fez no País. O crescimento do PT do Rio é o crescimento do projeto nacional", afirmou Lindbergh aos companheiros de partido.