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"Legado de Temer" deve ser a tônica de convenção do PMDB

Convenção extraordinária também deve chancelar a mudança do nome da sigla para Movimento Democrático Brasileiro (MDB)

PMDB: presidente nacional do partido, senador Romero Jucá (RR), afirmou que não "há espaço para traição" na sigla (Jamil Bittar/Reuters)

PMDB: presidente nacional do partido, senador Romero Jucá (RR), afirmou que não "há espaço para traição" na sigla (Jamil Bittar/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de dezembro de 2017 às 10h44.

Brasília - A convenção do PMDB marcada para esta terça-feira, 19, deverá se transformar em palco para a defesa do "legado" do presidente Michel Temer.

Na segunda-feira, 18, Temer e a cúpula peemedebista afirmaram que o candidato do campo governista na disputa presidencial de 2018 não vai conseguir dissociar a defesa das reformas da atual gestão.

"Quem for candidato a presidente e dizer que vai continuar ou que terá um governo também de reformas, estará cravando na sua campanha eleitoral a tese do acerto do nosso governo. E estará gravado governo Michel Temer no programa que vai ser estabelecido para o futuro", disse o presidente durante evento da Fundação Ulysses Guimarães em Brasília.

Peemedebistas também mandaram recados para o público interno. Em seu discurso, o presidente nacional do partido, senador Romero Jucá (RR), afirmou que não "há espaço para traição" na sigla e convidou os insatisfeitos com a agenda de reformas do governo a se filiarem a novas legendas.

"Não podemos ser um partido em que cada um fala uma linguagem. Não podemos ser um partido que está falando uma linguagem contrária ao que o partido faz a nível nacional. Discordar é importante, debater é importante, temos que ter vozes dissonantes, é importante, faz parte da democracia. Agora, não podemos ter uma pessoa querendo implodir um partido, atirando contra o partido e fazendo ações deliberadas para atacar o presidente da República", disse o dirigente peemedebista, que também é líder do partido no Senado.

Jucá afirmou ainda que, na convenção de hoje não será discutida as regras de distribuição de recursos do fundo eleitoral, mas afirmou que os candidatos da sigla que têm sido mais "leais" ao governo receberão um "tratamento diferenciado" e devem contar com uma verba maior.

"Não vai ter retaliação, mas vai ter valorização, ou seja aqueles que são mais fechados com a posição do partido, têm que ser valorizados, portanto nós vamos dar um tratamento mínimo a todos, mas a Executiva nacional vai ter o cuidado de atuar de forma que aquelas figuras que são mais emblemáticas, que são candidatos a governador, a senador, a deputado federal, que têm sido leais ao partido, recebam um tratamento diferenciado", afirmou.

MDB

Oficialmente, a convenção extraordinária será realizada hoje para chancelar a mudança do nome da sigla para Movimento Democrático Brasileiro (MDB), como o partido era chamado antes da redemocratização, quando fazia oposição ao regime militar.

Com a nova roupagem, o PMDB espera se preparar para as eleições de 2018. O partido também vai dar início nesta terça a uma discussão para elaborar uma nova versão do "Ponte para o Futuro".

A ideia é que o documento sintetize as novas bandeiras do MDB e situe o partido, hoje de centro, no campo mais à direita, especialmente na área econômica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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