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Lava-Jato faz três anos no auge

A Operação Lava-Jato completa três anos nesta sexta-feira, muito próxima de seu auge de impacto. A segunda lista de Janot joga luz sobre acusações contra a alta cúpula do governo Michel Temer e de, ao menos, os dois anteriores, de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Estão na mira também os presidentes da Câmara […]

OPERAÇÃO LAVA-JATO: na primeira instância, mais de 120 condenações; no STF, zero / REUTERS/Ueslei Marcelino (Ueslei Marcelino/Reuters)

OPERAÇÃO LAVA-JATO: na primeira instância, mais de 120 condenações; no STF, zero / REUTERS/Ueslei Marcelino (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2017 às 07h06.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h11.

A Operação Lava-Jato completa três anos nesta sexta-feira, muito próxima de seu auge de impacto. A segunda lista de Janot joga luz sobre acusações contra a alta cúpula do governo Michel Temer e de, ao menos, os dois anteriores, de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Estão na mira também os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), seis ministros e 10 governadores, além de um centenas de outros envolvidos ainda em segredo.

A nova etapa soma 83 inquéritos no Supremo Tribunal Federal, 211 envios de investigações para competências inferiores e 19 providências e sete arquivamentos aos grandes números da operação. Na primeira instância, até 2016 foram mais de 1.400 procedimentos, dos quais 730 buscas e apreensões, 197 conduções coercitivas, 79 prisões preventivas e 103 temporárias. Ao todo, 120 condenações. À partir das 11 horas, a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba realiza uma coletiva de imprensa para atualizar os números.

Os próximos passos da operação tendem a ser explosivos. Espera-se ansiosamente que o ministro do Supremo Edson Fachin, relator da ação, levante o sigilo das delações dos 77 executivos da Odebrecht para que a população tenha conhecimento das histórias de arrepiar os cabelos envolvendo os caciques da política nacional.

Em seu primeiro, a Lava-Jato descobriu o esquema de corrupção e levou à renúncia da diretoria da Petrobras e chegou aos diretores indicados pelos partidos no esquema, como Renato Duque, Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa. O segundo ano foi marcado pela abertura de inquérito contra mais de 50 políticos,a  prisão inédita de grandes empresários como Marcelo Odebrecht e de políticos como José Dirceu, além da condução de Lula para prestar esclarecimentos. Por fim, no terceiro a prisão de um ex-presidente da Câmara, um ex-governador e do homem que foi o maior milionário do país, Eike Batista. O quarto ano começa hoje – espera-se que seja aquele em que a investigação, finalmente, chegue ao Supremo, que até agora não condenou nenhum político envolvido no maior escândalo de corrupção da história.

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