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Justiça do Rio quebra sigilo do presidente da Alerj

O deputado estadual André Ceciliano (PT) é investigado por movimentação financeira suspeita, a partir da Operação Furna da Onça

André Ceciliano: Segundo o Coaf, três servidores ligados a Ceciliano movimentaram R$ 45 milhões (André Ceciliano/Facebook/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de maio de 2019 às 10h06.

Rio - A Justiça do Rio aceitou pedido do Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) e determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado estadual André Ceciliano (PT). Ele é investigado por movimentação financeira suspeita, a partir da Operação Furna da Onça, promovida em novembro de 2018 pela Lava Jato no Rio.

Segundo um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf, órgão federal) anexado à investigação pelo MP-RJ, três servidores ligados a Ceciliano movimentaram R$ 45 milhões no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. No fim de janeiro, Ceciliano exonerou sua assessora Elisângela Barbiere, uma das pessoas citadas no documento. Ela recebia R$ 7,7 mil por mês, mas movimentou R$ 26,5 milhões num período de seis anos.

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Em nota, o deputado afirmou que recebeu a notícia com tranquilidade e que, inclusive, já tinha oferecido ao MP-RJ a quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. "O homem público não deve temer investigação", afirmou. "Confio na atuação do Ministério Público e na Justiça."

No total, gabinetes de 22 deputados são investigados a partir do relatório do Coaf. Foi esse documento que apontou supostas irregularidades na conta de Fabrício Queiroz, que foi assessor parlamentar do então deputado estadual (e hoje senador) Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Em dezembro de 2018, o jornal O Estado de S.Paulo revelou que esse relatório apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta no nome de Queiroz, de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. Nesse intervalo, Queiroz estava registrado como assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro. Ele também é policial militar e, além de motorista, atuava como segurança do deputado. Queiroz foi exonerado do gabinete no dia 15 de outubro do ano passado.

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