Brasil

Jurados do Carandiru podem responder mais de 7 mil perguntas

O grande número de perguntas se dá porque os jurados deverão responder à série de quesitos para cada um dos mortos citados inicialmente no julgamento


	O julgamento do Massacre do Carandiru ocorre no Fórum Criminal da Barra Funda
 (Marcelo Camargo/ABr)

O julgamento do Massacre do Carandiru ocorre no Fórum Criminal da Barra Funda (Marcelo Camargo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2013 às 19h36.

São Paulo – Os sete jurados que participam do julgamento do Massacre do Carandiru, que ocorre no Fórum Criminal da Barra Funda, devem se reunir na sala secreta durante a madrugada de hoje (2) para decidir sobre a condenação dos 25 policiais militares acusados das mortes de 52 presos há mais de 20 anos. Eles poderão ter de responder a 7,3 mil questões.

Após a apresentação da advogada de defesa, Ieda Ribeiro de Souza, que encerrou às 18h, o juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo determinou intervalo de 30 minutos, antes do início da réplica e tréplica, que podem durar até duas horas cada.

Depois disso, os jurados reúnem-se na sala secreta para responder aos quesitos, que somam quatro. A primeiro pergunta é sobre a materialidade, ou seja, questiona se houve crime. Caso o jurado responda que não, fica livre de responder os três itens restantes, por exemplo. Os outros três itens são: autoria, absolvição e qualificadora (ações que podem ter agravado o crime).

O grande número de perguntas se dá porque os jurados deverão responder à série de quesitos para cada um dos mortos citados inicialmente no julgamento, que eram 73. O número, multiplicado pelo número de acusados, 25, e pela quantidade de perguntas, quatro, chega a 7,3 mil questionamentos.

O julgamento trata da ação policial destinada a reprimir rebelião em 1992 na penitenciária do Carandiru, que resultou na morte de 111 detentos e deixou 87 feridos. O caso ficou conhecido como o maior massacre de presídios brasileiros.

Acompanhe tudo sobre:JustiçaMortesPoliciaisPrisõesProcessos judiciais

Mais de Brasil

Após jovem baleada, Lewandowski quer acelerar regulamentação sobre uso da força por policiais

Governadores avaliam ir ao STF contra decreto de uso de força policial

Queda de ponte: dois corpos são encontrados no Rio Tocantins após início de buscas subaquáticas

Chuvas intensas atingem Sudeste e Centro-Norte do país nesta quinta; veja previsão do tempo