Temer: presidente é investigado no inquérito dos portos e é alvo de investigação que envolve doações de recursos da Odebrecht ao MDB. (Ueslei Marcelino/Reuters)
Reuters
Publicado em 11 de junho de 2018 às 20h22.
Brasília - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, defendeu nesta segunda-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer, que seria um injustiçado.
"O senhor tem sido vítima de muitas injustiças, mas tem a serenidade de se manter absolutamente fiel aos ditames da Constituição e da estrita legalidade", afirmou, em cerimônia da sanção da lei que cria o Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
"Um democrata, que tem dado o exemplo de como enfrentar e superar crises. Os brasileiros lhe serão gratos", acrescentou o ministro.
Mais tarde, em entrevista, Jungmann afirmou que se referia aos vazamentos constantes de informações dos inquéritos que investigam o presidente.
"A injustiça vem do que eu chamo dos vazamentos que são diários, que não têm uma contrapartida em termos de verdade, que representam um assassinato civil e político do presidente", disse.
"Preciso dizer que isso vem acontecendo com muitas outras pessoas. O fato de que essas pessoas são submetidas a uma campanha de vazamento, que é responsabilidade das instituições que isso não venha a acontecer, é uma injustiça."
Jungmann lembrou que mandou abrir inquérito interno na Polícia Federal para apurar os vazamentos que saíam da instituição, mas diz que não está acompanhando a apuração e nem é esse seu papel. "Tomarei conhecimento dos resultados", afirmou.
Temer é investigado no chamado inquérito dos portos pela edição de um decreto relativo ao setor portuário. Além disso, o presidente também é alvo de uma investigação que envolve doações de recursos da Odebrecht ao MDB, seu partido. O presidente nega ter cometido qualquer ilegalidade.