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Juiz nega cópia da delação de ex-diretor da Petrobras

Proibição do juiz Sérgio Moro servirá para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, a Controladoria Geral da União e à própria Petrobras


	Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa durante depoimento no Senado
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa durante depoimento no Senado (Geraldo Magela/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 17h31.

Brasília - O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, impediu hoje (22) acesso às informações prestadas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em troca da delação premiada. Além da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga irregularidades na estatal, Moro também negou acesso à Controladoria Geral da União (CGU) e à própria Petrobras.

“Reconheço o papel relevante da CGU e das CPIs na investigação criminal e no controle da Administração Pública. Também enalteço o auxílio que a Petrobras S/A tem prestado para investigação e instrução dos processos nesse feito, bem como o legítimo interesse das três em obter cópia dos supostos depoimentos prestados por Paulo Roberto Costa. Entretanto, o momento atual, quando o suposto acordo e os eventuais depoimentos colhidos sequer foram submetidos à homologação judicial, não permite o compartilhamento, sem prejuízo de que isso ocorra no futuro”, justificou o juiz.

Sérgio Moro determinou, conforme solicitado pelo presidente da CPMI da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), o encaminhamento à Comissão de cópia dos depoimentos da contadora do doleiroa Alberto Youseff, Meire Poza.

Na última reunião da CPMI, os parlamentares aprovaram a convoção da contadora, mas ainda não há data prevista para o depoimento dela na Comissão.

Amanhã (23), o presidente e uma comissão de parlamentares da CPMI serão recebidos pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, e pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava a Jato na Corte. Eles querem convencer os ministros a liberarem a documentação para a comissão. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também participará do encontro.

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