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Juiz autoriza transferência de Garotinho para outro presídio

O ex-governador alegou hoje (24) ter sido agredido a golpes de porrete na cadeia de Benfica, no Rio, para onde foi levado na quarta (22)

Garotinho: o ex-governador "deverá ser mantido em cela separada dos demais" (Inácio Teixeira/Coperphoto/Divulgação/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de novembro de 2017 às 19h21.

São Paulo - O juiz eleitoral Ralph Machado Manhães Junior autorizou a transferência do ex-governador Anthony Garotinho (PR) para um presídio de segurança máxima.

Nesta sexta-feira, 24, Garotinho alegou ter sido agredido a golpes de porrete na cadeia de Benfica, no Rio, para onde foi levado na quarta-feira, 22, na Operação Caixa D'Água, por suspeita de propina de R$ 3 milhões da JBS.

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"Fica autorizada ao juízo da Vara de Execuções Penais, em sintonia com o Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, a transferência imediata do réu em tela para um Presídio de Segurança Máxima, visando assim garantir a integridade física do acusado e evitar novos questionamentos duvidosos, sendo este também um pleito da defesa ao que me parece, ficando, inclusive, desde já, autorizada por este juízo a transferência do preso para presídios federal, se assim entender o juízo da VEP-RJ", decidiu o juiz.

De acordo com a decisão do magistrado, Garotinho "deverá ser mantido em cela separada dos demais e garantida a sua segurança pelos órgãos competentes".

Investigação preliminar apontou, no entanto, que ele teria se "autolesionado" para força sua saída de Benfica.

Ao autorizar a remoção de Garotinho, o juiz relatou que havia sido comunicado sobre o caso pelo juiz Guilherme Schilling, da Vara de Execuções Penais do Rio, e pelo Secretário Estadual de Administração Penitenciária, coronel Erir Ribeiro.

"Segundo agentes do SEAP, (Garotinho) estaria causando transtornos na Unidade Prisional onde se encontra, pois teria se autolesionado e afirmado, ainda, que as agressões sofridas foram realizadas por terceiros, tendo sido informado, outrossim, pela última autoridade que os vídeos da galeria onde se encontra o custodiado em questão não deixam dúvidas de que não ocorreu a conduta acima descrita, até porque o mesmo se encontrava em galeria vazia e cela individual, demonstrando ser totalmente duvidosa a versão dada pelo réu supramencionado", anotou o juiz.

Ralph Machado Manhães Junior afirmou que "o caso acima apontado é extremamente grave e merece a devida apuração, o que já está sendo realizado pelo juízo da Vara de Execuções Penais deste Estado".

O magistrado determinou "que sejam imediatamente encaminhadas a este juízo as imagens do circuito interno do local da cela do réu Anthony Garotinho, tal como mencionado pelo Secretário Estadual de Administração Penitenciária".

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