José Múcio defende aumento do orçamento da Defesa para 2% do PIB
José Múcio participou, no Rio de Janeiro, da cerimônia de abertura da Laad Defence & Security 2023, a maior feira do setor de defesa da América Latina
Agência de notícias
Publicado em 11 de abril de 2023 às 14h29.
Última atualização em 11 de abril de 2023 às 14h42.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro , defendeu nesta terça-feira, 11, o aumento do orçamento da área para 2% do produto interno bruto (PIB), de forma gradativa. Segundo ele, atualmente o montante está em 1,3%.
José Múcio participou, no Rio de Janeiro, da cerimônia de abertura da Laad Defence & Security 2023, a maior feira do setor de defesa da América Latina. Segundo o ministro, no entanto, neste momento em que a fome e o desemprego estão elevados, é difícil discutir o aumento.
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“Temos necessidades de recursos em outras áreas”, disse o ministro. “Temos muitos desempregados, muita gente passando fome. É muito difícil discutir isso [ aumento do orçamento da Defesa ] quando a fome e o desemprego ainda são os nossos maiores adversários”.
Investimentos em defesa podem gerar empregos
Apesar de citar o desemprego como um desafio prioritário, Múcio afirmou que investimentos em defesa podem gerar empregos. “É uma indústria que gera muito emprego, que paga muito imposto”, afirmou.
Segundo ele, nesta terça-feira, estão previstas 20 reuniões bilaterais com representantes de outros países que têm interesse em comprar produtos brasileiros ou firmar parcerias com empresas brasileiras do setor de defesa.
Governo Lula c0m militares
Em entrevista à imprensa, o ministro disse que a relação do governo federal com os militares está “absolutamente pacificada”. “Cada um sabendo qual é o seu papel e cada um tendo consciência de sua necessidade. O Brasil precisa de todo mundo.”
Múcio destacou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva , tem prestigiado os militares, e ressaltou que oficiais foram recebidos recentemente no Palácio do Planalto em uma cerimônia de promoção.
O ministro falou também sobre estudos para fazer uma compra adicional de novos caças Grippen, além dos 36 já adquiridos pelo governo brasileiro. “A Força Aérea diz que há necessidade, mas evidentemente você tem de ver caixa, prioridade. Estamos estudando e ainda está em uma fase embrionária”, disse.