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Jornais italianos criticam decisão do Supremo sobre Battisti

Impresa ressalta que o governo da Itália vai recorrer da decisão da Suprema Corte do Brasil, de acordo com os preceitos da Convenção de Viena

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O italiano Cesare Battisti é acusado de quatro homicídios ocorridos na década de 1970 (Wikimedia Commons)

O italiano Cesare Battisti é acusado de quatro homicídios ocorridos na década de 1970 (Wikimedia Commons)

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Renata Giraldi

Publicado em 9 de junho de 2011 às, 07h19.

Brasília – O Corriere Della Sera e o La Repubblica, dois dos principais jornais da Itália, deram destaque hoje (9) à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de rejeitar a extradição do ex-ativista político Cesare Battisti e decidir por sua libertação imediata. Para o Corriere Della Sera, foi uma “derrota dupla” para a Itália. O La Repubblica diz que a decisão contraria a Convenção de Viena.

Nas capas dos dois jornais, a foto destacada é de Battisti acenando – como se fosse uma despedida – de dentro do carro que o levou do Presídio da Papuda, onde estava preso desde 2007, para um hotel em Brasília. Na Itália, ele é acusado de participar do assassinato de quatro pessoas.

Os jornais italianos ressaltam que o governo do país vai recorrer da decisão da Suprema Corte do Brasil, de acordo com os preceitos da Convenção de Viena. Destacando a entrevista do advogado Nabor Bulhões, que defende os interesses da Itália, os jornais afirmam que a sentença do STF descumpre a convenção, que rege os tratados internacionais.

Bulhões lembrou que há um tratado de extradição firmado entre o Brasil e a Itália, em 1989. Segundo o advogado, a decisão da Suprema Corte “vai prejudicar a credibilidade internacional do Brasil", de acordo com o Corriere Della Sera e o La Repbblica.

Paralelamente, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, informou, em comunicado, que a decisão de não extraditar Battisti e libertá-lo não considerou as “expectativas legítimas” dos italianos. Para o ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, o caminho é recorrer da decisão do STF ao Tribunal Penal Internacional de Haia.

Ontem (8), depois de um longo julgamento na Suprema Corte, os ministros decidiram, por 6 votos a 3, pela libertação de Battisti. O ex-ativista deixou o Presídio da Papuda por volta da meia noite-noite e seguiu para um hotel. De acordo com os advogados dele, Battisti pretende ficar no Brasil e seguir a carreira de escritor.

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