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Jorge Oliveira, major da PM, será o novo secretário-Geral da Presidência

É a quarta troca ministerial, e a segunda no posto, desde o início do governo Bolsonaro; Floriano Peixoto, que estava no cargo, vai para os Correios

O presidente Jair Bolsonaro e Jorge Oliveira (Palácio do Planalto/Divulgação)

O presidente Jair Bolsonaro e Jorge Oliveira (Palácio do Planalto/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 21 de junho de 2019 às 11h27.

Última atualização em 21 de junho de 2019 às 11h55.

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira (21), em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o nome de Jorge Oliveira para a secretaria-geral da Presidência no lugar de Floriano Peixoto, que assume os Correios.

Advogado e major da Polícia Militar do Distrito Federal, Oliveira ocupava a Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, posto que vai acumular com o ministério em um primeiro momento.

Ele também atuou no Congresso Nacional desde 2003 como assessor parlamentar da PMDF, assessor jurídico no gabinete de Bolsonaro e também com chefe de gabinete e assessor jurídico do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

“É uma pessoa que me acompanha há dez anos. É uma pessoa afeita à burocracia. Desejo boa sorte e temos plena confiança no trabalho dele”, disse o presidente.

É a quarta troca de ministros e a segunda na Secretaria-Geral da Presidência desde o início do governo Bolsonaro.

Antes de Peixoto, o cargo foi ocupado pelo advogado Gustavo Bebianno, que presidiu o PSL, partido de Bolsonaro, durante a campanha eleitoral vitoriosa.

Bebianno foi demitido pelo presidente em fevereiro em meio a uma briga com um dos filhos de Bolsonaro e denúncias de que, sob seu comando à frente do PSL, candidaturas em Estados teriam cometido irregularidades.

Correios

O general Peixoto assumirá nos próximos dias o cargo nos Correios no lugar do também general Juarez Cunha, autoridade que o próprio Bolsonaro anunciou na semana passada que iria demitir do cargo sob a alegação de ter se comportado como sindicalista.

Cunha entrou na mira do presidente após ter comparecido a uma comissão Câmara dos Deputados em que foi fotografado ao lado de sindicalistas e também se pronunciado publicamente contra a privatização dos Correios -- uma das estatais que Bolsonaro quer repassar para a iniciativa privada.

O presidente disse ter optado "em comum acordo" com Peixoto a ida dele para o comando dos Correios. Questionado sobre a privatização da estatal, o presidente disse que não há prazo para ocorrer porque é uma medida que depende do aval do Congresso Nacional para avançar.

"No momento, o trabalho do general Peixoto é fazer com que os Correios voltem a ser motivo de orgulho", disse.

Articulação

O presidente também respondeu a jornalistas sobre a troca na articulação política, que foi retirada da Casa Civil e repassada ao general Luiz Eduardo Ramos, nomeado para a Secretaria de Governo. Ele minimizou questionamentos de que isso significaria um enfraquecimento do titular da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

“Tem três ministérios aqui dentro que são fusíveis. Para evitar queimar o presidente, eles se queimam. A função do Onyx é a mais complicada. Passamos a Supar [Subchefia de Assuntos Parlamentares] para o Ramos e jogamos o PPI [Programa de Parcerias de Investimentos] para o Onyx. Ele está fortalecido”, pontuou.

(Por Ricardo Brito)

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