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Jaques Wagner diz que Lula quer 'melhorar' articulação política após derrotas no Congresso

Líder do governo se reuniu com o presidente nesta terça-feira; parlamentares derrubaram veto à ‘saidinha de presos’ ontem

Jaques Wagner, líder do governo no Senado (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)

Jaques Wagner, líder do governo no Senado (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 29 de maio de 2024 às 15h29.

Última atualização em 29 de maio de 2024 às 16h02.

O líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer melhorar a organização “nesse processo de governo e legislativo”, após derrotas amargas pela base ontem na sessão do Congresso, como a derrubada do veto à restrição da “saidinha de presos”.

Apesar dessas derrubadas, Wagner disse ter considerado a sessão de ontem como vitória, já que matérias orçamentárias, de interesse do governo, foram mantidas, como a derrubada da imposição de um calendário para o pagamento de emendas.

"Acabei de sair da sala dele [Lula], ele está absolutamente tranquilo. Ele tem 78 anos, já apanhou, já comemorou, já chorou, já riu, então não assusta isso aí. O balanço é que a gente precisa melhorar a nossa organização nesse processo de governo e legislativo. Vai envolver uma sistemática de acompanhamento mais próximo, de conversa entre o governo. Quando eu digo a casa legislativa, na primeira mão com seus líderes e seu ministro responsável. Depois dos parlamentares, seja da Câmara, seja do Senado", disse Wagner.

Além da saidinha, o Congresso ontem decidiu manter veto que dificulta a punição para a disseminação de fake news de caráter eleitoral, medida tomada ainda pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

A exemplo do que já ocorrera em outras votações de interesse do Palácio do Planalto, a vontade de Lula foi contrariada com o impulso de parlamentares de partidos com assento na Esplanada dos Ministérios. No caso das “saidinhas”, 314 deputados votaram para anular o veto, e 126 para mantê-lo. Do total pela derrubada, metade veio de partidos da aliança petista. Entre os senadores, o placar foi de 52 a 11 contra o veto.

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