Jantar com Marta Suplicy sai por R$ 7,5 mil em campanha
Depois de mudança de lei que proibiu doação de empresas, políticos estão organizando eventos para levantar fundos para campanha eleitoral
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2016 às 07h58.
São Paulo - Na primeira eleição com a proibição de doações eleitorais de empresas para as campanhas, os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo organizam jantares, com altos preços, para aumentar a arrecadação.
O convite mais caro até agora é para sentar à mesa de convidados da senadora Marta Suplicy ( PMDB ) - a refeição na residência de um casal de amigos da candidata custa R$ 7,5 mil.
Esse será o segundo evento gastronômico da peemedebista. No primeiro, realizado no dia 2 deste mês, a campanha reuniu 150 convidados, que pagaram R$ 5 mil cada de entrada.
A arrecadação total foi de R$ 600 mil em apenas uma noite - o equivalente a 21% do total arrecadado até agora por Marta (R$ 2,7 milhões).
O jantar foi oferecido na casa do industrial Raul Saigh, no Jardim Europa. Ele é casado com Ieda, amiga de infância da senadora.
"Foi um encontro mais íntimo. As pessoas puderam ter contato direto com a candidata", disse o advogado José Pimentel, coordenador financeiro da campanha da peemedebista.
Pimentel afirmou que informou a arrecadação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dentro do prazo de 72 horas. O valor das doações do jantar, porém, ainda não consta da prestação de contas.
Segundo o advogado, o valor arrecadado poderia ser ainda maior, uma vez que 30 pessoas não conseguiram registrar a doação por problemas de documentação.
A entrada foi registrada como "cortesia". "Estamos estudando a ideia de realizar um terceiro jantar antes do primeiro turno."
O empresário João Doria , candidato do PSDB, também vai realizar, no dia 22 deste mês, em um hotel de luxo da capital, seu primeiro jantar de arrecadação ao preço de R$ 2,5 mil por convidado.
O coordenador jurídico da campanha do tucano, Julio Semeghini, destacou que os jantares do PSDB em campanhas anteriores custavam, em média, R$ 1 mil. A campanha espera reunir 500 convidados no evento.
Se a meta for atingida, Doria vai arrecadar R$ 1,2 milhão. Até o momento, ele já angariou R$ 2,8 milhões, sendo R$ 1,2 milhão doado pelo próprio candidato.
Semeghini negou que a intenção seja reunir empresários amigos de Doria e que integram o Lide, grupo de empresários criado pelo candidato. "Os partidos da coligação vão ajudar a vender os convites. A ideia é fazer um evento com amigos de vários partidos", afirmou.
Prefeito e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT) realizará nesta quarta-feira, 14, seu primeiro jantar, em uma cantina da capital. O valor do convite é de R$ 5 mil, mas a campanha prefere não fazer estimativas sobre o número de participantes.
A deputada Luiza Erundina (PSOL) realizou até agora um jantar, mas ainda no período de pré-campanha. O valor cobrado foi de R$ 300 por convidado - cem presenças foram confirmadas no restaurante Porpetão, na Saúde, zona sul.
Segundo Marcelo Aguirre, coordenador financeiro da campanha, não haverá outro evento do gênero. "Essa nova legislação encurtou demais a campanha."
Sem-teto
Um protesto de aproximadamente dez moradores de rua ameaçados de despejo pela Prefeitura levou Haddad, em ato de campanha, a interromper um encontro com artistas na Praça Roosevelt.
Munidos de faixas críticas ao prefeito, os manifestantes, que vivem sob um viaduto da Radial Leste, xingaram o petista de "higienista".
Eles protestavam contra um pedido de reintegração de posse feito pela Prefeitura que deve desabrigar as cerca de 300 pessoas do local. Haddad respondeu que o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil classificaram a ocupação como área de risco e que todos moradores serão incluídos em programas municipais.
Entre os artistas estavam o cartunista Laerte e as cineastas Laís Bodansky, Ana Muylaert, Tata Amaral e Marina Person. Haddad estava acompanhado da mulher, Ana Estela, e do ex-ministro da Cultura Juca Ferreira.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Na primeira eleição com a proibição de doações eleitorais de empresas para as campanhas, os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo organizam jantares, com altos preços, para aumentar a arrecadação.
O convite mais caro até agora é para sentar à mesa de convidados da senadora Marta Suplicy ( PMDB ) - a refeição na residência de um casal de amigos da candidata custa R$ 7,5 mil.
Esse será o segundo evento gastronômico da peemedebista. No primeiro, realizado no dia 2 deste mês, a campanha reuniu 150 convidados, que pagaram R$ 5 mil cada de entrada.
A arrecadação total foi de R$ 600 mil em apenas uma noite - o equivalente a 21% do total arrecadado até agora por Marta (R$ 2,7 milhões).
O jantar foi oferecido na casa do industrial Raul Saigh, no Jardim Europa. Ele é casado com Ieda, amiga de infância da senadora.
"Foi um encontro mais íntimo. As pessoas puderam ter contato direto com a candidata", disse o advogado José Pimentel, coordenador financeiro da campanha da peemedebista.
Pimentel afirmou que informou a arrecadação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dentro do prazo de 72 horas. O valor das doações do jantar, porém, ainda não consta da prestação de contas.
Segundo o advogado, o valor arrecadado poderia ser ainda maior, uma vez que 30 pessoas não conseguiram registrar a doação por problemas de documentação.
A entrada foi registrada como "cortesia". "Estamos estudando a ideia de realizar um terceiro jantar antes do primeiro turno."
O empresário João Doria , candidato do PSDB, também vai realizar, no dia 22 deste mês, em um hotel de luxo da capital, seu primeiro jantar de arrecadação ao preço de R$ 2,5 mil por convidado.
O coordenador jurídico da campanha do tucano, Julio Semeghini, destacou que os jantares do PSDB em campanhas anteriores custavam, em média, R$ 1 mil. A campanha espera reunir 500 convidados no evento.
Se a meta for atingida, Doria vai arrecadar R$ 1,2 milhão. Até o momento, ele já angariou R$ 2,8 milhões, sendo R$ 1,2 milhão doado pelo próprio candidato.
Semeghini negou que a intenção seja reunir empresários amigos de Doria e que integram o Lide, grupo de empresários criado pelo candidato. "Os partidos da coligação vão ajudar a vender os convites. A ideia é fazer um evento com amigos de vários partidos", afirmou.
Prefeito e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT) realizará nesta quarta-feira, 14, seu primeiro jantar, em uma cantina da capital. O valor do convite é de R$ 5 mil, mas a campanha prefere não fazer estimativas sobre o número de participantes.
A deputada Luiza Erundina (PSOL) realizou até agora um jantar, mas ainda no período de pré-campanha. O valor cobrado foi de R$ 300 por convidado - cem presenças foram confirmadas no restaurante Porpetão, na Saúde, zona sul.
Segundo Marcelo Aguirre, coordenador financeiro da campanha, não haverá outro evento do gênero. "Essa nova legislação encurtou demais a campanha."
Sem-teto
Um protesto de aproximadamente dez moradores de rua ameaçados de despejo pela Prefeitura levou Haddad, em ato de campanha, a interromper um encontro com artistas na Praça Roosevelt.
Munidos de faixas críticas ao prefeito, os manifestantes, que vivem sob um viaduto da Radial Leste, xingaram o petista de "higienista".
Eles protestavam contra um pedido de reintegração de posse feito pela Prefeitura que deve desabrigar as cerca de 300 pessoas do local. Haddad respondeu que o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil classificaram a ocupação como área de risco e que todos moradores serão incluídos em programas municipais.
Entre os artistas estavam o cartunista Laerte e as cineastas Laís Bodansky, Ana Muylaert, Tata Amaral e Marina Person. Haddad estava acompanhado da mulher, Ana Estela, e do ex-ministro da Cultura Juca Ferreira.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.