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Janot prevê extradição de Pizzolato ainda nesta semana

O próximo passo é que o Estado italiano comunique a embaixada brasileira em Roma que Pizzolato está "disponível" para voltar ao Brasil


	Henrique Pizzolato:as autoridades italianas tinham demonstrado preocupação com a segurança de Pizzolato no sistema prisional brasileiro
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Henrique Pizzolato:as autoridades italianas tinham demonstrado preocupação com a segurança de Pizzolato no sistema prisional brasileiro (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 17h53.

Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, prevê que Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no processo do mensalão, pode ser extraditado da Itália para o Brasil ainda nesta semana. Em entrevista no Conselho Nacional do Ministério Público, Janot comentou a decisão da justiça italiana de extraditar Pizzolato.

O próximo passo é que o Estado italiano comunique a embaixada brasileira em Roma que Pizzolato está "disponível" para voltar ao Brasil. A partir daí, a Polícia Federal e a Interpol providenciarão a extradição.

Autoridades brasileiras enviaram para a justiça italiana um relatório sobre as condições de três presídios: o da Papuda, em Brasília, e de Curitibanos e Itajaí, em Santa Catarina. As autoridades italianas tinham demonstrado preocupação com a segurança de Pizzolato no sistema prisional brasileiro.

"A decisão mostra que as autoridades italianas entendem que parte do sistema prisional brasileiro está apto a receber um preso quanto às questões de respeito aos direitos humanos", disse Janot. Pizzolato deve ficar, a princípio, na Papuda, numa ala reservada a outros condenados do mensalão.

Janot disse que deu garantia às autoridades italianas de que o período em que o ex-diretor do BB ficou detido na Itália por acusação de falsificação de documento será descontado no cumprimento de sua pena no Brasil.

A uma pergunta se a decisão da justiça e a boa vontade do governo italiano em extraditar Pizzolato poderia resultar em análise do caso Cesare Battisti, ativista italiano que teve o pedido de extradição para a Itália rejeitado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Janot respondeu que não. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra", afirmou.

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