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Itamaraty investiga caso de passaportes de líderes norte-coreanos

As cópias dos supostos passaportes brasileiros com fotos dos dois líderes políticos norte-coreanos ganharam destaque no noticiário mundial

Passaporte: especialistas consultados pela agência confirmaram que as fotos são dos líderes norte-coreanos (Reprodução/Reuters)

Passaporte: especialistas consultados pela agência confirmaram que as fotos são dos líderes norte-coreanos (Reprodução/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de fevereiro de 2018 às 18h00.

O Ministério das Relações Exteriores informou hoje (28) que está apurando a notícia de que a embaixada brasileira em Praga, na República Tcheca, teria concedido dois passaportes brasileiros ao líder norte-coreano Kim Jong-un e a seu pai, Kim Jong-il, em 1996.

A notícia foi divulgada ontem (27) pela agência de notícias Reuters. As cópias dos dois supostos passaportes com fotos que parecem ser dos dois líderes políticos norte-coreanos ganharam destaque no noticiário mundial.

Nas imagens veiculadas pela Reuters, os documentos foram expedidos no dia 26 de fevereiro de 1996, com validade até fevereiro de 2006, assinados por Antonio J. M. de Souza e Silva.

Entre 1993 e 1997, o diplomata Antonio José Maria de Souza e Silva era o embaixador brasileiro em Praga. Atualmente, ele é embaixador do Brasil em Myanmar. A reportagem não conseguiu contato com Silva.

O passaporte com a suposta foto do atual líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, foi emitido em nome de Josef Pwag, acompanhado da informação de que este teria nascido em São Paulo, em 1º de fevereiro de 1983. No documento, consta que Pwag é filho de Ricardo Pwag e Marcela Pwag Joou.

Já o documento supostamente entregue ao pai de Jong-un, Kim Jong-il, traz o nome de Ijong Tchoi, nascido em 4 de abril de 1940, também em São Paulo. O campo destinado ao nome dos pais, no entanto, está em branco. Jong-il morreu em 2011.

De acordo com a Reuters, especialistas consultados pela agência confirmaram que as fotos são dos líderes norte-coreanos e que os documentos foram utilizados para a solicitação de vistos de entrada em outros países. O Itamaraty não comentou as informações.

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