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Isso não é problema meu, diz Lula sobre Moro adiar depoimento

Réu em cinco ações penais, o ex-presidente chama as denúncias contra ele de "mentiras" e reafirma que disputará a eleição de 2018

Lula: o petista foi recebido no evento como candidato ao Palácio do Planalto, em 2018 (Arquivo/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de abril de 2017 às 19h02.

Última atualização em 24 de abril de 2017 às 19h12.

Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 24, que desconhece um possível adiamento de seu depoimento ao juiz Sérgio Moro, marcado para o próximo dia 3 de maio, em Curitiba.

"Isso não é problema meu", disse ele, ao ser questionado por repórteres quando chegou ao Centro Internacional de Convenções para participar do seminário "Estratégias para a Economia Brasileira - Desenvolvimento, Soberania e Inclusão", em Brasília.

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A previsão é de que a oitiva ocorra no dia 10 de maio.

Quatro dias após o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro ter dito a Moro que Lula pediu a ele, em maio de 2014, para destruir provas sobre pagamento de propinas ao PT , o petista foi recebido no evento como candidato ao Palácio do Planalto, em 2018.

"Lula, guerreiro, do povo brasileiro", gritavam os militantes do PT.

Réu em cinco ações penais, três das quais relacionadas à Lava Jato, o ex-presidente chama as denúncias contra ele de "mentiras" e afirma que vai disputar a próxima eleição.

"Leo Pinheiro está preso e sob tortura psicológica", disse o ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner.

"Se interditarem a candidatura do Lula será uma burrice. Qualquer um depois de massacrado vira herói nacional. Se for preso ou interditado, a imagem será muito forte e ele virará herói."

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