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Isolado, PT procura solução para não perder força no Congresso

Com divergências internas, partido ainda não decidiu se apresentará candidatura própria ou apoiará um dos postulantes ao comando das Casas

Estrela do PT (PT/Reprodução)

Estrela do PT (PT/Reprodução)

Marcelo Ribeiro

Marcelo Ribeiro

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 13h06.

Última atualização em 31 de janeiro de 2017 às 13h58.

Brasília - Às vésperas da eleição das presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, petistas se reúnem nesta terça-feira (31) para definir a melhor estratégia para não perder força nas Casas.

Fontes próximas à cúpula do PT afirmam que a bancada da legenda na Câmara está dividida entre apresentar uma candidatura própria para marcar posição, apoiar o atual presidente da Casa Rodrigo Maia (DEM-RJ) ou se aliar ao candidato do Centrão, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

“O que pesa contra Maia e Jovair é o fato de ambos terem articulado pelo impeachment de Dilma Rousseff. Uma parte do partido que lançar candidatura para não enfraquecer o discurso do golpe”, explicou um interlocutor dos deputados petistas a EXAME.com.

Entre as opções, o PT poderia se unir ao único candidato da esquerda, o deputado André Figueiredo (PDT-CE). Essa alternativa, porém, agrada poucos petistas, porque eles acreditam que isso representaria um apoio a uma eventual candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República em 2018.

Mais tarde, os parlamentares do PT participam de um novo encontro para definir a estratégia a ser seguida. Uma coisa é certa. A sigla defende o cumprimento do regimento que prevê proporcionalidade na distribuição dos cargos da mesa diretora da Câmara.

No Senado, a indefinição também prevalece. Alguns senadores petistas querem apoiar a eleição de Eunício Oliveira (PMDB-CE). A aliança teria sido costurada na época do impeachment de Dilma. Eunício votou a favor do afastamento da ex-presidente, mas manteve os direitos políticos da petista.

Interlocutores do peemedebista revelaram a EXAME.com que o acordo foi fechado sob a condição de os parlamentares do PT engrossarem o coro a favor da sua eleição ao comando do Senado.

Por outro lado, um grupo de senadores do PT classificam como “inconcebível” a possibilidade de apoiar Eunício, pois o consideram um dos principais fiadores do impeachment de Dilma. A definição sobre a estratégia do PT na eleição ao comando do Senado deve acontecer em reunião na tarde desta terça-feira.

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