Ipea: brasileiro reduz otimismo sobre economia
Queda do Índice de Expectativas da Famílias foi de 2,8% em fevereiro, comparado ao nível de janeiro
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2011 às 12h51.
O brasileiro reduziu um pouco o otimismo quanto ao cenário socioeconômico do País para os próximos meses. É o que mostrou hoje o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou a sétima edição do Índice de Expectativas das Famílias (IEF). O indicador apontou queda de 2,8% em fevereiro em relação a janeiro. Segundo o Ipea, o índice, calculado em uma escala de zero a 100 pontos, recuou de 67,2 pontos para 65,3 pontos de janeiro para fevereiro. Porém, resultados entre 60 e 80 pontos ainda são considerados otimistas.
A pesquisa foi realizada em 3.810 domicílios em mais de 200 municípios em todo o País. Na análise por localidades, todas as regiões apresentaram queda no IEF de janeiro para fevereiro. O Sul foi a região que apresentou a queda mais forte no indicador, que passou de 70,1 pontos para 65,9 pontos no período. As outras regiões apresentaram queda menos intensa: Norte (de 64,8 pontos para 63,8 pontos), Nordeste (de 65,1 pontos para 62,9 pontos), Sudeste (de 66,1 pontos para 64,9 pontos) e Centro-Oeste (de 76 6 pontos para 73,6 pontos).
O Ipea informou ainda que a fatia de famílias pesquisadas que projetam melhora na situação econômica do País nos próximos 12 meses caiu de 64% para 61,8% de janeiro para fevereiro. Além disso, o porcentual de famílias que apostam em uma piora na economia brasileira nos próximos cinco anos aumentou de 12,41% para 15,8% no mesmo período.
O instituto também apurou uma piora na autoavaliação sobre finanças pessoais. Do total de famílias, 75,5% informaram estar melhor financeiramente em fevereiro que há um ano - porém, este porcentual, para esta mesma resposta, era maior em fevereiro (76 8%). De janeiro para fevereiro, também houve aumento na fatia de famílias que informaram piora financeira, no período de um ano, de 17,3% para 19,3%.
Quanto ao mercado de trabalho, o Ipea apurou um leve aumento de insegurança entre os trabalhadores. Dentro do universo da pesquisa, caiu a fatia de pesquisados responsáveis pelo domicílio que se sentem seguros quanto a sua ocupação atual, de 80% em janeiro para 78% em fevereiro.