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Investidor vê aeroporto mais atrativo do que rodovia

Governo brasileiro está otimista com leilão dos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), marcado para a próxima sexta-feira, avalia a ministra Gleisi Hoffmann

Gleisi Hoffmann: segundo ministra, grandes operadores internacionais de aeroportos manifestaram interesse em participar do leilão (Antonio Cruz/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2013 às 14h53.

Brasília - O governo brasileiro está otimista com o leilão dos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), marcado para a próxima sexta-feira (22), e avalia que as concessões dos terminais são ainda mais atrativas do que as de rodovias, disse à Reuters a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann .

O governo marcou os próximos leilões de rodovias federais para depois da disputa pelos aeroportos, segundo a ministra, justamente porque muitos dos grupos que atuam nas concessões de estradas também vão participar da concorrência pelos aeroportos em sociedade com operadores estrangeiros.

"Eles (investidores) avaliam como muito atrativas as concessões dos aeroportos. Nós teremos dois vencedores nos aeroportos, mas existem muito mais 'players' do que isso", disse.

"Esses dois ganhadores vão avaliar se têm condições de participar dos próximos leilões (de rodovias), mas quem perdeu com certeza vai continuar (na disputa pelas estradas)", acrescentou.

As concessões logísticas são a principal aposta do governo para estimular investimentos e solucionar problemas de transportes, um dos maiores gargalos para o crescimento da economia.

Em entrevista exclusiva à Reuters, Gleisi admitiu que o aeroporto do Galeão dever despertar mais interesse, mas salientou que também haverá disputa por Confins.

"Ambos os aeroportos terão competidores, são estratégicos e importantes para o país, e tenho certeza de que darão um bom retorno para quem os administrar", disse a ministra.

Segundo Gleisi, grandes operadores internacionais de aeroportos manifestaram interesse em participar do leilão e deverão se associar a empresas brasileiras na disputa pelos dois aeroportos.


As propostas dos interessados no leilão de Galeão e Confins estão sendo entregues nesta segunda-feira. Até o momento, três consórcios apresentaram propostas, entre eles um formado pela brasileira Odebrecht, que atua nas áreas de construção, engenharia e investimentos em infraestrutura, e a operadora de aeroportos Changi Airport, de Cingapura.

Depois de leiloar os aeroportos, o governo tem agendado para o dia 27 de novembro a licitação da BR-163 no Mato Grosso. Em 4 de dezembro, será a vez do lote que envolve trechos das BRs 060/153/262 entre Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais.

Ainda em 2013, o governo espera leiloar a BR-163 no Mato Grosso do Sul em 17 de dezembro e a BR-040 (MG-DF) em 27 de dezembro. O último depende da aprovação do edital pelo Tribunal de Contas da União (TCU) até o fim deste mês.

Questionada sobre o leilão de novos aeroportos, Gleisi disse que o governo ainda está estudando.

"Há possibilidade, mas 2014 é um ano mais difícil de você definir isso, até porque temos limitações legais", disse, referindo-se ao período eleitoral.

JUDICIALIZAÇÃO O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro ajuizou uma ação civil pública com pedido de liminar para a suspensão do leilão do Galeão, segundo nota publicada no site do MPF nesta segunda-feira.

O Ministério Público pede que o leilão seja suspenso até que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) especifique no edital todas as intervenções necessárias à garantia da segurança.

Questionada sobre a possibilidade de os leilões enfrentarem ações na Justiça, Gleisi disse que a Advocacia-Geral da União (AGU) agirá para defender a posição do governo contra qualquer ação movida na Justiça.

"Nós defenderemos muito nossa posição e a AGU tem se mostrado muito competente em todas essas frentes, e tem acompanhado sistematicamente o processo de concessões", disse.

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O governo marcou os próximos leilões de rodovias federais para depois da disputa pelos aeroportos, segundo a ministra, justamente porque muitos dos grupos que atuam nas concessões de estradas também vão participar da concorrência pelos aeroportos em sociedade com operadores estrangeiros.

"Eles (investidores) avaliam como muito atrativas as concessões dos aeroportos. Nós teremos dois vencedores nos aeroportos, mas existem muito mais 'players' do que isso", disse.

"Esses dois ganhadores vão avaliar se têm condições de participar dos próximos leilões (de rodovias), mas quem perdeu com certeza vai continuar (na disputa pelas estradas)", acrescentou.

As concessões logísticas são a principal aposta do governo para estimular investimentos e solucionar problemas de transportes, um dos maiores gargalos para o crescimento da economia.

Em entrevista exclusiva à Reuters, Gleisi admitiu que o aeroporto do Galeão dever despertar mais interesse, mas salientou que também haverá disputa por Confins.

"Ambos os aeroportos terão competidores, são estratégicos e importantes para o país, e tenho certeza de que darão um bom retorno para quem os administrar", disse a ministra.

Segundo Gleisi, grandes operadores internacionais de aeroportos manifestaram interesse em participar do leilão e deverão se associar a empresas brasileiras na disputa pelos dois aeroportos.


As propostas dos interessados no leilão de Galeão e Confins estão sendo entregues nesta segunda-feira. Até o momento, três consórcios apresentaram propostas, entre eles um formado pela brasileira Odebrecht, que atua nas áreas de construção, engenharia e investimentos em infraestrutura, e a operadora de aeroportos Changi Airport, de Cingapura.

Depois de leiloar os aeroportos, o governo tem agendado para o dia 27 de novembro a licitação da BR-163 no Mato Grosso. Em 4 de dezembro, será a vez do lote que envolve trechos das BRs 060/153/262 entre Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais.

Ainda em 2013, o governo espera leiloar a BR-163 no Mato Grosso do Sul em 17 de dezembro e a BR-040 (MG-DF) em 27 de dezembro. O último depende da aprovação do edital pelo Tribunal de Contas da União (TCU) até o fim deste mês.

Questionada sobre o leilão de novos aeroportos, Gleisi disse que o governo ainda está estudando.

"Há possibilidade, mas 2014 é um ano mais difícil de você definir isso, até porque temos limitações legais", disse, referindo-se ao período eleitoral.

JUDICIALIZAÇÃO O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro ajuizou uma ação civil pública com pedido de liminar para a suspensão do leilão do Galeão, segundo nota publicada no site do MPF nesta segunda-feira.

O Ministério Público pede que o leilão seja suspenso até que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) especifique no edital todas as intervenções necessárias à garantia da segurança.

Questionada sobre a possibilidade de os leilões enfrentarem ações na Justiça, Gleisi disse que a Advocacia-Geral da União (AGU) agirá para defender a posição do governo contra qualquer ação movida na Justiça.

"Nós defenderemos muito nossa posição e a AGU tem se mostrado muito competente em todas essas frentes, e tem acompanhado sistematicamente o processo de concessões", disse.

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