Beltrame: na maioria das vezes, operações ocorrem sem confrontos armados, diz secretário (Fernando Frazão/ Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2014 às 17h18.
Rio de Janeiro - A integração entre policiais civis e militares das unidades de Polícia Pacificadora (UPP) garante o avanço do processo de pacificação nas comunidades do Rio.
A conclusão é do secretário de Segurança do estado, José Mariano Beltrame.
Segundo ele, com a pacificação, as forças de segurança estaduais conseguem desenvolver ações de inteligência, que, normalmente, terminam em prisões.
Salientou que, na maioria das vezes, as operações ocorrem sem necessidade de confrontos armados.
“Já ocorreram operações integradas no Complexo do Alemão, no Pavão-Pavãozinho e no Morro dos Macacos, onde traficantes foram presos, permitindo o avanço do processo de pacificação. As ações integradas são a resposta policial para atos criminosos do tráfico. Não recuaremos um milímetro nessas comunidades”, assinalou.
Nos últimos três dias, as operações conjuntas nas comunidades da Ladeira dos Tabajaras (zona sul), Mangueira (zona norte) e Providência (zona portuária) resultaram em prisões e na apreensão de dois fuzis e drogas.
Na Ladeira dos Tabajaras, foram presos quatro traficantes que participaram de um tiroteio na noite da última sexta-feira (17), além de uma mulher envolvida com tráfico de drogas.
Dessa operação, participaram policiais da 12ª DP, em Copacabana, e da Unidade de Polícia Pacificadora Tabajaras/Cabritos.
As equipes cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão e apreenderam um fuzil que, de acordo com as investigações, pode ter sido usado contra policiais militares.
Na Mangueira, um homem foi detido e apreendidos um fuzil calibre 556, dois carregadores, munições, uma granada e fardamentos do Exército, além de 99 frascos de lança-perfume, 49 comprimidos de ecstasy, duas embalagens com pasta base de cocaína, uma prensa hidráulica, balança de precisão e material para endolação de entorpecentes.
No domingo, policiais da UPP Mangueira prenderam um homem conhecido como Paraíba, acusado pela morte do policial militar Thiago Rosa Coelho da Silva, na madrugada de sábado (18).
Na Providência, a operação apreendeu um artefato explosivo de fabricação caseira, 233 papelotes de cocaína, 162 pedras de crack e 40 trouxinhas de maconha, além de material para embalagem de entorpecentes.
O trabalho envolveu policiais da 4ª DP, na Praça da República, centro do Rio, e militares da UPP local, com o apoio de agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC).