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Instalar BRT em corredores não geraria desemprego, diz Doria

O sistema propõe não ter mais cobradores dentro do transporte para reduzir de 15 a 20 minutos o tempo dos passageiros no percurso


	Doria: o sistema propõe não ter mais cobradores dentro do transporte para reduzir de 15 a 20 minutos o tempo dos passageiros no percurso
 (Divulgação / Facebook João Doria)

Doria: o sistema propõe não ter mais cobradores dentro do transporte para reduzir de 15 a 20 minutos o tempo dos passageiros no percurso (Divulgação / Facebook João Doria)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2016 às 17h01.

São Paulo - O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, afirmou nesta terça-feira, 6, que pretende instalar Bus Rapid Transit (BRT) nos corredores de ônibus da capital, se for eleito.

O sistema propõe não ter mais cobradores dentro do transporte para reduzir de 15 a 20 minutos o tempo dos passageiros no percurso.

Questionado se o BRT, já em vigor no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, aumentaria o desemprego, já que não seria mais necessário o cobrador, Doria rebateu que os funcionários não seriam demitidos e sim, realocados em outras funções, como motoristas.

"Os corredores terão sistema BRT para permitir que o embarque e desembarque seja mais rápido e eficiente, menos tempo das viagens da sua casa para o trabalho, do trabalho para casa", explicou o empresário.

O candidato não informou, contudo, a quilometragem em que implantaria o sistema. "Vamos estudar a ampliação dos corredores. O número ainda não vou fornecer até porque precisamos conquistar a prefeitura para aí iniciar esse trabalho", afirmou.

No evento, o tucano também voltou a prometer que, em até 18 meses, todos os ônibus terão ar-condicionado, WIFI, piso rebaixado para embarque e desembarque, algum tipo de entretenimento, como televisão, além de funcionarem com combustível renovável. Além disso, Doria reforçou que pretende ampliar os corredores de ônibus.

O empresário compareceu a um evento na manhã desta terça sobre empreendedorismo na Oxigênio Encubadora, promovido pela ONG Endeavor. Doria foi sabatinado pela plateia, um empresário e um membro da instituição sem fins lucrativos.

Em campanha durante a madrugada, ele visitou a garagem de ônibus da VIP Impedador e a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).

Empreendedoras e a alma feminina

Questionado por empresárias na plateia sobre sua opinião e propostas para empreendedorismo feminino, o candidato fez um apelo para que instituições privadas, como a própria Endeavor, incentivem a participação feminina em setores que elas têm "mais aplicação".

"Não é tanto a função pública, é mais a privada, com a capacidade de organizar mercados e oportunidades para que as mulheres possam, em áreas onde elas têm mais aplicação que nós, serem grandes empreendedoras. Um exemplo de setor: cosméticos", declarou.

Doria fez uma ressalva de que isso não significa que homens não possam ter sucesso com cosméticos, mas que têm "menos chances". Ele citou o exemplo das empresas brasileiras Boticário e da Natura, ambas fundadas por homens.

"Mas graças às mulheres, que eles contrataram ao longo da sua existência, que cresceram, expandiram e se tornaram marcas mundiais", disse.

Segundo contou, 82% dos cargos de diretoria de suas sete empresas são de mulheres. Doria elogiou a gestão feminina, mais confiável do ponto de vista de investimentos. "Mulher não larga o osso, vai até o fim. Essa é uma característica da alma feminina", afirmou.

"Fora, Temer"

Para o candidato tucano, a polícia militar só agiu com utilização de bombas de gás lacrimogêneo, no último domingo, 4, quando começou "a quebradeira" no protesto "Fora, Temer".

Confrontado com as alegações de excesso do uso da força pela polícia do governador Geraldo Alckmin (PSDB), ele voltou a defender que houve "destruição" e "quebradeira" na porta do metrô, no Largo da Batata.

"O que eu propago sempre é o sentimento de paz (...), que os próprios administradores dessas manifestações cuidem pra que elas sejam pacíficas, não sejam invadidas por black blocs, por pessoas que têm outra índole, que nada tem a ver com a defesa legítima das manifestações", defendeu o candidato.

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